Ramzan Kadyrov tomou posse como presidente da Chechênia nesta quinta-feira, 5, aos 30 anos. Kadyrov, tem a seu favor um boom na construção civil, durante o período em que foi primeiro-ministro. A capital da Chechênia, Grozny, que até pouco tempo era um monte de ruínas e edifícios destruídos, agora tem novas e bonitas edificações, parques, ruas pavimentadas e limpas.
Como seu pai, Akhmad que foi assassinado em 2004, Ramzam Kadyrov passou para o lado de Moscou e tomou posse com a bênção do Kremlin após lutar contra o domínio russo da província caucasiana. "Meu pai sempre me disse que o poder não é um fim em si mesmo, mas uma ferramenta", disse ele às centenas de convidados no pavilhão envidraçado de sua mansão em Gudermes.
"Tudo o que quero é uma Chechênia pacífica dentro da federação russa." Kadyrov também repetiu sua oposição à proposta, muito discutida, de separação parcial da Rússia e da autoridade de Moscou. Essa proposta prevê uma maior autonomia econômica à Chechênia e permitiria à região deter uma parte maior do faturamento obtido com a venda de petróleo.
Analistas dizem que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, elevou Kadyrov ao poder em parte porque ele é visto como o único líder local capaz de manter a guerrilha islâmica sob controle. Muitos ex-rebeldes chechenos agora servem na polícia ou nas forças locais de segurança.
No seu discurso, Kadyrov reafirmou que a Chechênia continuará a fazer parte da Rússia. "Nós percebemos em cheio que nosso bem-estar é impossível sem uma Rússia forte e estável," ele disse.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter