O presidente da Rússia, Vladimir Putin disse que a Rússia continuará durante um longo tempo seu "apoio aberto ou velado" à economia de Belarus, mas admitiu que, "a partir deste ano, este apoio diminui de forma considerável".
Putin qualificou hoje como "compromisso aceitável" para ambas as partes os acordos entre Moscou e Minsk que colocaram fim à disputa petrolífera que, durante três dias, interrompeu o fornecimento de petróleo russo aos consumidores europeus.
"O principal resultado das negociações (com Belarus) é o passo para relações de mercado com os sócios bielo-russos, em primeiro lugar no âmbito da energia", disse Putin, em reunião com membros do Governo, citado pela agência de notícias "Interfax".
Rússia e Belarus concordaram na sexta-feira passada em diminuir de US$ 180,7 para US$ 53 por tonelada a tarifa à exportação do petróleo russo com destino ao mercado bielo-russo, cuja implantação por Moscou a partir de 1º de janeiro deste ano foi uma das causas que desencadeou a "guerra do petróleo". A nova tarifa será aplicada tanto ao petróleo russo que Moscou fornece a Minsk, como aos derivados da matéria-prima que Belarus exporta depois aos países europeus.
Neste último caso, os dois países compartilharão a tarifa da seguinte forma: 70% para a Rússia e 30% para Belarus este ano, proporção que em 2008 será de 80% e 20% e, em 2009, de 85% e 15%.
"Acho, e os analistas entendem assim, que é um período de transição suave e aceitável para nossos sócios e levará vários anos", disse Putin, ressaltando que o mais importante é que os novos princípios sobre os quais serão edificadas as relações com Belarus "ficaram consignadas em documento".
O presidente russo agradeceu o Governo pelos resultados das negociações com Belarus, mas fez uma chamada aos membros do Executivo para redobrar a atenção, a fim de conseguir o cumprimento dos acordos.
Segundo o Governo da Rússia, os acordos com Minsk garantem a estabilidade do fornecimento de hidrocarbonetos russos aos países europeus até 2020.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter