O vice-ministro da Economia e Comércio russo, Andrej Sharonov, anunciou nesta segunda-feira que a Rússia interrompeu o transporte de crude através da Bielorrússia por esta ter cortado o transporte do combustível para a Europa.
"Já não nos preocupa o problema da imagem, mas o cumprimento dos contratos. Os fornecedores russos irão informar os seus sócios ocidentais de que, por razões de força maior, não irão poder cumprir as obrigações assumidas", indicou Sharonov.
Outro alto funcionário , o presidente da companhia transportadora de petróleo russa Transneft, Semion Vaichtok, comunicou à imprensa que a Rússia faz o possível para normalizar fornecimentos de petróleo à Polônia, Alemanha, Hungria, República Checa e outros países europeus e busca as outras vias de fornecimento do petróleo. Viachtok apontou que desde 6 do janeiro foram retiradas da tubulação " Druzhba" quase 80 mil toneladas de petróleo com destino à Europa.
Entretanto para resolver o problema, uma delegação governamental bielarussa chegou ontem com urgência para a Rússia. Espera-se o começo das negociações nesta terça-feira.
A Bielorrússia decidiu, na semana passada, impor taxas alfandegárias à circulação de petróleo russo pelo seu território, em resposta à duplicação do preço do gás natural fornecido a Minsk por parte de Moscovo. A parte russa considera estas taxas ilegais argumentando que trata-se de petróleo em trânsito não destinado a ser consumido no mercado interno beilorusso.
O ministro da Economia da Alemanha, Michael Glos, que é também presidente do Conselho de Ministros de Energia da União Européia, não dramatiza a situação criada por causa das interrupções nos suprimentos de petróleo por essa tubulação.
Depois de expressar preocupação com o termo do trânsito desse combustível russo pelo território bielarusso, ele manifestou a esperança de que este possa recomeçar prontamente na íntegra. Segundo esse ministro, as empresas processadoras de petróleo na Alemanha têm acumulada uma reserva suficiente de petróleo cru. Lembrou que seu país importa quase 100 milhões de toneladas de crude anualmente, dos quais somente 20 milhões entram pelo oleoduto em questão.
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