Nem mais.
Porque razão começa o ano no dia 1 de Janeiro, quando supostamente o "senhor" nasceu no dia 25 de Dezembro?
Não era esta a data atribuída pelos romanos para o solstício de inverno, para o "renascer" do Sol?
Não é verdade que no antigo oriente não se recordavam as datas de nascimento?
Não defendem os evangelistas que a gruta na qual nasceu o "senhor" era um templo de Adónis, posteriormente anexado pela igreja católica?
Não é verdade que existe um "Da pasha computus" de 243, no qual se determina o dia 28 de Marzo como data do nascimento?
Não é verdade que depois de "Origens" (245), no qual se renunciava a festejar dito acontecimento como se de um rei se tratasse, e aceitando que o catolicismo "tinha pernas para andar", os discipulos de Basílides decidiram fixar a data de 6 de Janeiro como correcta?
Não era esta a data da epifânia (aparição) de Osíris, ou de Dionísio, seu correspondente para os Gregos, sendo objectivo da seita gnóstica semi-cristã de ditos discípulos perpetuar a devoção aos seus deuses, assumindo que o cristianismo crescia e que não podendo com esta melhor seria ir à montanha?
No era Dionísio que ao aparecer fazia manar vinho da ilha de Andros, ou Osíris, que ao aparecer no Nilo transformava as suas aguas em Vinho?
Não era esta a data na qual o sol abandonava a constelação de Virgo?
Não era esta a data na qual, na Alexandria, a Virgem dava à luz o seu filho Aião, eterno homólogo de Osíris e Dionísio?
Não era nesta data, também na Alexandria, que os fiéis terminavam as suas preces e desciam à cripta para retirar uma estátua de uma criança que tinha como marcas na testa, nas mãos e nos joelhos, uma cruz e uma estrela de ouro?
Não consagrou Alexandre Magno, em 331, Alexandria a Aião, em ordem a preservar a eternidade da cidade?
Já em 170, não foi Melitão de Sardes que comparou Cristo com Hélios?
Não se defendia anteriormente que o Sol, criador de toda a vida, que havia subido ao céu, se banhava com as estrela e a lua, nas aguas do oceano?
Não é verdade que no século IV, todo o oriente cristão celebrava o dia 6 de Janeiro?
Não é verdade que o papa Siricio, desde a cadeira de Pedro e depois de decidir oficialmente que as festas cristãos eram a páscoa e a epifânia, decide também, em 387, que o dia 6 passava a significar a "Natividade"?
Não denominam os Antropólogos como "Sincretismo" um fenómeno deste tipo?
Mas como se passou essa celebração a dia 25?
Não era "Mitra" o deus do sol na cultura Persa?
Não era "Mitra", também, o deus do Sol na cultura Indiana?
Ainda que o "Mitraismo" remonte aos séculos VII e VI, não é verdade que conheceu um importante impulso durante o século II pelos mesmos romanos que mantinham legiões na India?
Não compartiam, o Mitraismo e o Cristianismo, elementos comuns como a "redenção", a "salvação das almas" e que ambas religiões pugnaram no século II por se constituirem como religiões dominantes num império que deixava de ser politeísta?
Não era depois das satunálias romanas que os "Mitraistas" celebravam o renascimento de "Mitra", 25 de Dezembro?
Não continuavam os Povos bárbaros (não romanizados) a celebrar o solstício no dia 25 de Dezembro?
Não era Malaquías que escrevia na biblia que o Messias era o "Sol da justiça"?
Não era a 25 de Dezembro que os romanos festejavam o "Sol invicto", dirigindo-se a um santuário para sacar à luz a figura de uma criança recêm-nascida?
Não é verdade que o solstício dura 12 noites, de 25 de Dezembro a 6 de Janeiro?
Não é durante este período que os "reinos" mortos e dos vivos se comunicam, segundo as culturas célticas, germanas, índicas ou romanas?
Não este período também, segundo as mesmas culturas, período no qual se celebra o renascimento do sol, por não haver perecido ao frio inverno?
Não é verdade que os ritos de celebração desse acontecimento se identifica bastante com actuais ritos cristão, velas, etc?
Não foi gregório I que ordenou a agostinho de cantorbery e a melitus, destruir as figuras dos templos pagãos e paradoxalmente, proteger ditos templos, ou consagrar a agua que os pagãos traziam, promovendo a mentira do quão bom era cristo e quão equivocado estava o Povo?
Não era essa uma forma de evitar sacrificar os "prazeres exteriores" e facilitar simultâneamente a "assimilação de outros gozos espirituais"?
Não foi entre 395 e 423, com Honório, no ocidente, que se começou por celebrar a 25 de Dezembro, e oficialmente, o natal como festa religiosa, reservando a epifânia à chegada dos reis magos até 440?
Não foi o papa leão magno que começou a revisão da doctrina anterior, celebrando o dia dos "Magos" a 6 de Janeiro, comemorando ao mesmo tempo, em Milão, ambrósio, no mesmo dia, o baptizado de cristo?
Não foi no século V que a epifânia passou a considerar-se a festa dos 3 milagres: O baptismo do Jordão; a adoração dos "Magos" e a transformação da agua em vinho?
Não é verdade que o "Concílio de Agde", em 506, que se decidiu finalmente a sua imposição, levada a cabo por justiniano em 529?
Não tinha referido mateu, na biblia, um número indeterminado de sábios que se aproximavam a Belém guiados por uma misteriosa estrela (não aquela que brilhava na estátua anteriormente mencionada)?
Não é verdade que "Magi" é uma palavra indoeuropeia que permite uma alusão aos sacerdotes persas que mantinham o culto em Jerusalém e gozavam de enorme influência na zona?
Não é verdade que, da mesma forma que em lucas, Mitra, "nascido" a 25 de Dezembro, tinha sido alvo de adoração de pastores e que estes também lhe haviam realizado oferendas?
Não é verdade que hoje se celebra o nascimento físico de jesús a 25 de Dezembro e o espiritual a 6 de Janeiro, mediando 12 apóstoles... Dias, entre ambas datas?
Feliz Natal e não se esqueçam de tomar abrigo, ao contrário daqueles pastores que em Dezembro pastavam os seus rebanhos dormindo ao relento!
A revolução é hoje!
http://caparicaredneck.blogspot.com/2009/12/natal.html
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