Após a denúncia do promotor Francisco Cembranelli, responsável pelo caso Isabella, que -acusou o casal Alexandre Nardoni, de 29 anos, pai da menina, e Anna Carolina Jatobá, 24, madrasta dela, da morte da filha de cinco anos , cabe agora ao juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri, do Fórum de Santana, na Zona Norte paulistana, decidir se aceita a denúncia do Ministério Público e determina a detenção.
Cembranelli afirmou que o ciúme que Anna Carolina sentia de Nardoni, em relação à sua ex-mulher Ana Carolina Oliveira, motivou uma briga entre o casal na noite do crime. Não disse porém, qual a causa do crime.
Depois de ser ferida na cabeça ainda no carro, Isabella, foi levada para o apartamento do casal e esganada por Anna Carolina, de acordo com a denúncia. A Polícia havia divulgado inicialmente que o casal havia então atirado Isabella do sexto andar, acreditando que ela já estava morta.
Ontem, porém, Cembranelli disse que o casal sabia que ela ainda estava viva. "A intenção foi dar solução a um problema que já existia", disse o promotor.
Ele denunciou o casal por homicídio triplamente qualificado. Os agravantes foram o emprego de meio cruel, a impossibilidade de defesa da vítima e a tentativa do casal de ocultar o seu crime.
Ambos também foram denunciados pelo crime de fraude processual, pois, segundo o promotor, tentaram limpar manchas de sangue do apartamento antes e depois de atirarem Isabella. As penas deles podem ser agravadas em um terço pelo fato de o crime ter sido cometido contra uma criança menor de 14 anos.
Diferentemente de sua mulher, Nardoni também foi acusado de omissão, por ter assistido à mulher esganar a menina sem impedi-la. O pedido de prisão foi embasado na garantia da ordem pública (deixar a população tranqüila e manter a credibilidade da Justiça), na suspeita de que o casal tenha alterado a cena do crime e em denúncias de comportamento agressivo do casal com os filhos de um e três anos. Até as 18 horas, o juiz não havia recebido a denúncia.
O perfil agressivo de Alexandre e Anna Carolina também consta como motivo para a prisão, principalmente para proteger os dois filhos do casal. Segundo ele, Pietro e Cauã, respectivamente de três e um ano de idade, correm risco, já que "uma filha de Alexandre já morreu", escreve o jornal O Povo
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