João Botelho terminou a rodagem do filme Corrupção baseado do livro de Carolina Salgada Eu Carolina. Apresentado ontem o filme realizador disse não interessar para nada a vida privada de Pinto da Costa e ressalvou que o que interessa é fazer fogo sobre as instituições. O que me interessa é o poder. Incomoda-me muito mais é que os juízes andem a ser chantageados e não se queixem, que se arquive processos.
Isto é que é grave, não é a vida privada de Pinto da Costa com a Carolina, aduziu, segundo O Primeiro de Janeiro.
Assumindo uma atitude desalinhada, João Botelho advogou não lhe suscitar interesse fazer sangue sobre as pessoas e ressalvou que o que interessa é fazer fogo sobre as instituições, sobre o poder, acrescentando que o filme, em fase final de montagem, constitui um triunfo sobre o sistema.
Escrevemos uma história que toca no livro, mas que vai para outros lados. Mais do que o livro da Carolina, o leit-motiv deste filme são duas frases: manda quem pode, obdece quem tem juízo, afirmou o cineasta, antes do jantar realizado quarta-feira à noite, em Lisboa, que juntou actores e toda a equipa de produção, para assinalarem a conclusão do filme.
João Botelho, que sublinhou não existir em Corrupção nada de difamatório, aludiu às atribuladas filmagens, em que designadamente recebeu ameaças e foi proibido de filmar nas escadarias da Assembleia da República e no Terreiro do Paço, e afirmou que só a ideia de fazer o filme provocou controvérsia. Gosto muito de futebol, acho que o futebol deve ser jogado dentro das linhas. O cinema deve ser jogado dentro dos planos.
Tentei, a partir de uma história que é verídica ou ficcionada, não tenho a certeza, pois não me compete julgar, inventar um odo de filmar que nunca fiz até hoje que é arte popular. O filme Corrupção, cujo argumento começou a ser escrito em Abril tem estreia programada para um 1 de Novembro, em mais de três dezenas de salas do país.
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