A Nasa anunciou na segunda-feira (10) que a sua sonda-robô Spirit descobriu evidências de um ambiente passível de criar vida no planeta Marte. A existência destas condições, contudo, remontam ao passado e só permitiriam o desenvolvimento de micróbios.
De acordo com os cientistas, a descoberta surgiu por acaso no passado mês de Maio. Uma das rodas do robot terá ficado presa numa rocha.
Para se libertar, o robot fez movimentos circulares e descobriu um material brilhante, que posteriormente foi identificado como sílica quase pura.
A sílica é o principal ingrediente para a formação do vidro, o que a Nasa interpretou como um indício de uma fonte de água quente, ou de vapor ácido, que terá entrado em contacto com rochas vulcânicas no passado.
«Uma das características sobre estes depósitos é que a água quente propicia um ambiente em que os micróbios se podem desenvolver, e a precipitação da sílica os envolve e preserva», afirmou afirmou à BBC o cientista Seteve Squyres.
No planeta Terra, este tipo de característica costuma significar um ambiente prolífico em bactérias. «As condições para a habitabilidade de Marte no passado são as mesmas», acrescentou o cientista. «Se tiverem existido bactérias marcianas no local, elas poderão ter sido preservadas como minúsculos fósseis»
A Spirit não está equipada para informar se de facto já existiu vida no local. Os cientistas sugerem que sejam enviadas amostras de terreno para a Terra numa próxima missão.
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