O presidente russo, Vladimir Putin, nomeou Dmitri Rogozin como representante permanente da Rússia junto à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Rogozin, de 45 anos, é ex-líder do partido Rodina que ocupava as posições nacionalistas no Parlamento. Uma publicidade de carácter racista na companhia eleitoral passada, colocada na televisão russa gerou uma grande polémica no país e causou a auto-demissão de Rogozin do cargo do dirigente do partido que depois entrou no bloque dos partidos a formarem o Partido Rússia Justa, hoje representado na Duma.
Rogozin defende o rearmamento da Rússia para conter a suposta ameaça da Otan. No mês passado, ele disse que, se fosse indicado, iria defender os interesses da Sérvia em Kosovo e tratar da questão do futuro escudo antimísseis dos EUA na Europa.
A Rússia vê a Otan com grande desconfiança, especialmente por causa da expansão do bloco para leste, o que seria, segundo ela, uma estratégia dos EUA e das maiores potências européias para reduzir a influência de Moscou.
Rogozin nasceu em uma família militar moscovita e estudou jornalismo na Universidade Estatal de Moscou. Domina inglês, espanhol, italiano, checo e francês.
"O principal motivo do meu trabalho é a proteção dos interesses nacionais da grande potência que eu represento", afirmou. "Se os interesses nacionais desta grande potência forem ameaçados por qualquer um, lutarei contra isso, acima de tudo, com meios diplomáticos.", disse ele numa entrevista a rádio Ekho de Moscou
Rogozin era representante de Putin nas negociações com a União Européia (UE) a respeito do status de Kaliningrado, um encrave russo entre Polônia e Lituânia, dois países da UE.
Rogozin substitui Konstantin Totsky, que estava no cargo desde março de 2003.
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