O Presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou ontem que irá pressionar o seu homólogo russo, Vladimir Putin, para adoptar reformas democráticas. Numa conferência de imprensa com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Stralsund, Bush garantiu que se irá mostrar firme quanto à sua convicção de que a Rússia precisa de "uma sociedade civil activa".
O chefe do Estado americano explicou que irá aproveitar um encontro a dois à margem da Cimeira do G8 em Sampetersburgo, para onde parte hoje, para dizer a Putin que as organizações não governamentais devem ser autorizadas a trabalhar na Rússia sem serem ameaçadas.
No primeiro dia da sua visita à antiga Alemanha de Leste, onde a chanceler viveu desde criança, Bush adiantou ainda que o Kremlin terá de perceber a necessidade de partilhar os valores dos EUA e da Europa. Naquilo a que Bush chamou uma "sessão estratégica", os dois líderes discutiram ainda a situação no Médio Oriente e os programas nucleares do Irão e Coreia do Norte. Estes serão, além da questão energética, os grandes tópicos da reunião do G8 (15 a 17).
Ao visitar uma região considerada o "reduto" de Merkel antes de partir para a Rússia, Bush marcou a aproximação a Berlim, depois da tensão que marcou as suas relações com o anterior chanceler, Gerard Schroeder, devido ao Iraque. Numa praça de onde os polícias (mais de 12 mil) destacados para garantir a segurança na cidade tinham afastado as centenas de manifestantes anti-Bush, o Presidente elogiou a chanceler, afirmando prezar muito a sua opinião.
À chegada a Stralsund, Bush e a mulher, Laura, foram recebidos por Merkel e pelo marido, Joachim Sauer, numa das suas raras aparições públicas. Ao contrário das três mil pessoas que foram receber o Presidente, a maior parte dos habitantes da cidade mostrou-se incomodada com o reforço da segurança, que os obrigou até a retirar as floreiras das ruas.
Durante a tarde, Bush aproveitou para passear de bicicleta na estação balnear de Heiligendamm, antes de viajar para Trinwillershagen, no Nordeste, onde participou num barbecue oferecido por Merkel. Na ementa: javali. Um prato que muito intrigou Bush, que o referiu várias vezes durante a conferência de imprensa.
Segundo "Diário de Notícias"
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