Sevastianov disse, em entrevista coletiva, que esta despesa inclui a fabricação de cinco naves tripuladas de uso múltiplo Clipper e a modernização dos foguetes portadores utilizados para o lançamento destas naves. Destinada a substituir as atuais naves Soyuz TMA, a Clipper poderá ser lançada com vários tipos de foguetes a partir das bases de lançamento de Baikonur, no Casaquistão, Plesetsk, na Rússia e Kourou, na Guiana Francesa, de propriedade da Agência Espacial Européia.
Ao contrário da Soyuz, com capacidade para três tripulantes, a Clipper poderá levar à Estação Espacial Internacional (ISS) seis pessoas, ou seja, dois pilotos e quatro passageiros, incluindo cientistas ou turistas que não forem astronautas profissionais.
A Clipper será fabricada em duas versões, como nave de carga e tripulada, terá 10 metros de comprimento, pesará 13 toneladas, terá uma autonomia de vôo de 10 dias e poderá realizar até 25 vôos. A nave, que terá um espaço interno de 20 metros cúbicos - frente aos 6,5 metros cúbicos na Soyuz - poderá permanecer acoplada à ISS como salva-vidas durante 360 dias, o dobro que as naves atuais, e permitirá reduzir cinco ou seis vezes o custo do lançamento de cargas.
Além disso, a Clipper poderá manobrar durante seu retorno a Terra e será capaz de aterrissar em pistas de pouso, assim como as naves americanas. Sevastianov, ex-astronauta soviético, explicou que o projeto, que tem a participação da Agência Espacial Européia, prevê colocar as naves em ação entre 2013 e 2015. Também disse que o consórcio Energia já está trabalhando em projetos de vôos à Lua e Marte em 2020.
Segundo "Estadão.com.br"
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