Os Estados Unidos pressionaram a Rússia na sexta-feira a aceitarem uma repreensão da ONU ao programa nuclear do Irã. A secretária de Estado Condoleezza Rice telefonou para seu colega russo, Sergei Lavrov, depois de dias de infrutíferas negociações entre diplomatas de ambos países a respeito do texto de uma declaração do Conselho de Segurança da ONU sobre o Irã.
Entre as principais potências da ONU, a Rússia é a que mais resiste à ofensiva diplomática para que o Irã suspenda as atividades relativas ao enriquecimento de urânio, matéria-prima de armas nucleares. Teerã diz que seu programa nuclear é voltado exclusivamente para a geração de energia pacífica.
Rice disse que Lavrov concordou que os negociadores de ambos os lados devem continuar se empenhando por um acordo no fim de semana. "Acho que todo mundo precisa simplesmente trabalhar, e vamos fazer isso para que os iranianos tenham uma mensagem muito clara sobre o que está acontecendo", disse Rice a jornalistas quando questionada se a Rússia estava obstruindo o processo.
Na quinta-feira, chanceleres dos países-membros do Conselho de Segurança dispararam telefonemas para tentar moldar uma mensagem unificada ao Irã. Todos os cinco países com poder de veto na ONU-- Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China - são potências nucleares. Grã-Bretanha e França apóiam os Estados Unidos, enquanto a China faz oposição limitada.
Na próxima semana, Rice pretende visitar Alemanha, França e Grã-Bretanha, onde definirá uma estratégia que, espera ela, terá amplo apoio para conter o programa nuclear iraniano. Os Estados Unidos tentam há anos levar o Conselho a repreender o Irã. Isso se tornou possível graças a um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), mas desde o mês passado as negociações no Conselho se arrastam.
Segundo "Reuters"
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