ONU reitera necessidade de proteger os afetados pelo Covid-19
Genebra, 25 de março (Prensa Latina) O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos reiterou hoje a obrigação dos Estados de proteger todos os afetados pelo Covid-19, pelo qual considerou necessário suspender as sanções impostas a vários países.
Por meio de seu perfil na rede social Twitter, o escritório lembrou que todos os governos devem prestar apoio às pessoas em situações vulneráveis, especialmente aquelas que não possuem plano de saúde.
A representante desse órgão, Michelle Bachelet, exigiu um dia antes da redução ou suspensão de sanções dos Estados Unidos, da União Européia e de outras potências contra nações como Cuba, Venezuela e Irã, devido à sua repercussão negativa no confronto ao coronavírus SARS-Cov-2.
No contexto de uma pandemia global, medidas que dificultam a assistência médica em qualquer país aumentam o risco que todos enfrentamos, disse a ex-presidente chileno.
Também afirmou que essas restrições deveriam estar sujeitas a uma reavaliação urgente e observou que os obstáculos à importação de suprimentos médicos causarão danos duradouros às comunidades mais vulneráveis.
'As isenções humanitárias vinculadas às sanções devem ser aplicadas de maneira mais ampla e eficaz por meio de uma autorização rápida e flexível para fornecer equipamentos e suprimentos médicos', afirmou.
Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, saudou as declarações do Alto Comissário e lembrou que os bloqueios e sanções econômicas causam impactos cruéis nas esferas da saúde e dos direitos humanos.
No caso cubano, o setor de saúde é um dos mais prejudicados pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há quase seis décadas.
Entre abril de 2018 e março de 2019, as afetações na área da saúde totalizaram 104 milhões, 148 mil 178 dólares norte-americanos, segundo autoridades cubanas.
mgt / gas / bm
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