A Frente Nacional contra o golpe de Estado de Honduras anunciou a intensificação para esta segunda e terça-feira de suas mobilizações nas ruas, em demanda da restituição da ordem constitucional e do presidente Manuel Zelaya.
A decisão foi adotada por unanimidade pelas organizações populares em uma assembléia nacional no último sábado, para fazer coincidir as marchas com a presença de uma missão da Organização de Estados Americanos (OEA).
O coordenador geral da Frente, Juan Barahona, informou que nesta segunda-feira estará em Tegucigalpa o juiz espanhol Baltasar Garzón, acompanhado por integrantes do Corte Penal Internacional.
Precisou que uma delegação da Frente se reunirá com os representantes da OEA e com Garzón e seus acompanhantes, para expor as posições das forças populares e sua decisão de conseguir a restituição do Estado de Direito.
A semana é fundamental para a luta da Frente Nacional, tem que sair com tudo às ruas, afirmou Barahona.
Federação das Organizações Magisteriais (FOMH) confirmou ontem uma greve nacional hoje e amanhã, quando se cumprirão os dias 58 e 59 consecutivos de resistência à ação militar de 28 de junho passado.
Iremos todos às ruas para que se convençam os integrantes da OEA que não somos quatro vadios mascarados como diz (Roberto) Micheletti, sublinhou.
A visita da delegação de chanceleres e do secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, buscará convencer o governo de facto presidido por Micheletti de encontrar uma solução negociada à crise.
O arranjo foi proposto pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, a solicitação dos Estados Unidos, e estabelece a volta de Zelaya condicionado a uma anistia, um governo de acordo e a renúncia de convocar uma constituinte.
A restituição de Zelaya foi recusada pelo governo de facto, o que até o momento mantém os gerenciamentos da OEA em um beco sem saída.
Em um comunicado, a OEA anunciou que os chanceleres que integrarão a delegação são os da Argentina, Canadá, Costa Rica, Jamaica, México, Panamá e República Dominicana.
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