A Coréia do Sul e os EUA acertaram na quinta-feira não utilizar a força para libertar 21 sul-coreanos mantidos reféns no Afeganistão, mas soldados afegãos avisaram sobre uma possível ofensiva na área onde estão os sequestrados.
Há duas semanas, o Taliban capturou 23 voluntários cristãos da Coréia do Sul, 18 deles mulheres, na Província de Ghazni (sudoeste de Cabul), e mais tarde matou dois deles.
A milícia islâmica ameaçou executar outros reféns se não forem libertados membros do grupo detidos pelas autoridades do país.
O ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Song Min-soon, e o vice-secretário de Estado dos EUA, John Negroponte, reuniram-se na quinta-feira em meio a um fórum de segurança regional realizado nas Filipinas.
"Eles acertaram que os dois países não usarão qualquer tipo de medida de força", afirmou um diplomata da Coréia do Sul.
O corpo de Shim Sung-min, 29, o segundo dos reféns sul-coreanos a ser morto, desembarcou na Coréia do Sul na quinta-feira.
Os outros 21 reféns continuam vivos, mas duas das mulheres encontram-se gravemente doentes e podem morrer, disse um porta-voz do Taliban na quarta-feira. O governo afegão recusa-se a atender à exigência dos sequestradores.
Na quarta-feira, helicópteros do Exército espalharam panfletos em vários dos distritos da Província de Ghazni advertindo sobre a realização de uma operação militar nas "próximas semanas". Mas o Ministério de Defesa do país afirmou tratar-se de uma operação de rotina, sem relação com o sequestro.
O sul-coreano Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), pediu ao presidente paquistanês, Pervez Musharraf, que ajude a libertar os reféns. Um porta-voz da Presidência do Paquistão respondeu que o governo não mantém vínculos ou contatos com o Taliban.
Autoridades afegãs acusam o Paquistão de dar apoio, secretamente, ao grupo islâmico, acusação essa rechaçada pelos paquistaneses.
Oito parlamentares sul-coreanos partiram rumo aos EUA a fim de convencer o governo norte-americano a ajudar na solução do impasse.
Os EUA afirmam não fazer concessões a terroristas.
Fonte Reuters
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