O Premiê da Espanha da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, pediu na quarta-feira que os partidos do país se unam e rechaçou as críticas feitas pela oposição um dia depois de o grupo separatista basco ETA ter anunciado a suspensão de um cessar-fogo.
Na terça-feira, o ETA afirmou, em um comunicado, que reativará "todas as suas frentes" a partir de 6 de junho e acusou o governo espanhol de responder à trégua declarada em março de 2006 com "detenções, tortura e perseguições".
"Não vou pedir a ninguém que se corrija. O que peço a todos é que caminhem na direção desejada pela maioria dos espanhóis, na direção da luta contra o terrorismo", disse Zapatero durante uma sessão no Senado.
"Que o terrorismo não divida os partidários da democracia", conclamou.
Na prática, a trégua havia sido rompida em dezembro, quando um atentado provocou a morte de duas pessoas no aeroporto de Barajas, em Madri.
Na terça-feira, o premiê disse ter esperanças de reconquistar o apoio do Partido Popular, de oposição, à política do governo dele de combate ao terrorismo. Mas o líder do PP, Mariano Rajoy, pediu que o governo se corrigisse e exigiu provas de que não haverá mais negociações com o grupo armado.
O premiê reafirmou sua determinação em buscar um consenso e lembrou ser esta a primeira vez em que, depois do cancelamento de um cessar-fogo pelo ETA, um partido criticava o governo.
"É inadmissível e despropositado que os partidários da democracia se dividam diante da questão do terrorismo. E é inadmissível e despropositado que o terrorismo se sirva de uma guerra partidária", afirmou Zapatero após ter sido interpelado pelo senador Pío García Escudero, do PP.
O ETA havia dito até terça-feira que a trégua, apesar do atentado no aeroporto, continuava em vigor.
Fonte Reuters
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