Neste domingo helicópteros equipados com alta tecnologia e moradores em motocicletas vasculham as florestas tropicais do sul de Camarões em busca do avião de passageiros da Kenya Airways que caiu depois de decolar no país do centro da África, disseram autoridades.
O aparelho, um Boeing 737-800, levava 114 pessoas de mais de 20 países e desapareceu no sábado, depois de deixar Douala em direção a Nairóbi, sob chuva torrencial.
A rádio estatal de Camarões interrompeu as transmissões para relatar que o avião foi encontrado perto de Mvengue, a sudoeste da capital do país, Iaundê, mas logo depois afirmou que não podia confirmar o fato.
Parentes dos passageiros foram a aeroportos e a escritórios da Kenya Airways em Douala e Nairóbi em busca de informações.
"Ainda tenho esperança, porque até agora não sabemos o que aconteceu com o avião. Pode ter batido no chão e pode ter gente esperando para ser resgatada. Isso é o que nos dá esperança", disse Bernard Kadurenge, irmão de Cyprian Kadurenge, tripulante da empresa, em entrevista à Reuters em Nairóbi.
Helicópteros militares e moradores da região, usando motocicletas, vasculharam no sábado a floresta densa a 100 quilômetros a sudoeste de Yaounde, mas não encontraram nada. As buscas foram suspensas durante a noite por causa da escuridão e da chuva forte.
MAIS BUSCAS
O diretor da Kenya Airways Titus Naikuni disse em entrevista coletiva em Nairóbi no sábado que a busca foi retomada com mais dois helicópteros. Ele afirmou que dificuldades de comunicação estão prejudicando os esforços.
Um sinal do localizador de emergência do avião foi captado no sábado, mas depois perdido, elevando os temores de que a bateria pode ter terminado.
"O equipamento só pode transmitir informação por 48 horas", disse. "O sinal não está sendo recebido agora."
Uma equipe militar conjunta de Camarões e da França entrará nas buscas e autoridades da Boeing e da Comissão Nacional de Segurança de Transporte dos Estados Unidos irão ao país para ajudar na investigação, disse a empresa aérea.
Os EUA estão fornecendo imagens de satélite para ajudar nas buscas e o porta-voz do governo do Quênia, Alfred Mutua, disse que outros governos também vão dar auxílio.
Uma equipe de buscas do Quênia chegou a Camarões na noite de sábado.
O avião tinha apenas seis meses e carregava 105 passageiros e nove tripulantes. A maioria das pessoas era da África, mas havia também da China, Índia, Europa e outros países. O início do vôo foi na Costa do Marfim.
Anthony Mitchell, jornalista britânico que trabalha para a Associated Press em Nairóbi, está entre os desaparecidos, de acordo com a Kenya Airways.
A Kenya Airways tem três 737-800s na sua frota e Naikuni disse que a empresa ainda não decidiu se suspenderá a operação dos outros dois.
Fonte Reuters
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