A missão especial dos Direitos Humanos da ONU para Darfur num relatório hoje (12) divulgado em Genebra, acusou o Governo do Sudão de ter «orquestrado crimes de guerra e contra a humanidade na região».
Proibida de permanecer no Sudão, a missão investigou, a partir do exterior, entre 5 de fevereiro e 5 de março, para apresentar o relatório durante a quarta sessão do Conselho de Direitos Humanos que começa hoje em Genebra.
Ao longo de um documento de 35 páginas, a missão conclui que «a situação dos direitos humanos em Darfur é muito grave e as necessidades profundas». «A situação caracteriza-se por violações sistemáticas e muito graves dos direitos humanos e de enormes incumprimentos da legislação internacional», indica o documento.
A guerra em Darfur, na fronteira do Sudão com o Chade, explodiu em fevereiro de 2003, quando os rebeldes do Movimento de Justiça e Igualdade (MJI) e do Movimento de Libertação do Sudão (MLS) pegaram em armas para protestar contra a situação de abandono e a pobreza na região.
A missão, ao longo de um documento de 35 páginas, conclui que "a situação de direitos humanos em Darfur é muito grave". Ela "se caracteriza por violações sistemáticas e muito graves dos direitos humanos e de enormes descumprimentos da legislação internacional", diz o documento.
Além disso, ressalta que os "crimes de guerra e contra a humanidade seguem ocorrendo na região", enquanto assinala que, além do governo sudanês, "as forças rebeldes são culpadas por sérios abusos e violações da lei humanitária" internacional.
Os analistas pedem igualmente a todas as partes em conflito que respeitem e reconheçam as leis humanitárias internacionais, e que são de cumprimento obrigatório durante um conflito armado.
Fonte : Diário Digital / Estadão
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