Bodas do computador pessoal

No dia 12 de Agosto de 1981 a IBM lançou no mercado o primeiro PC ou Computador Pessoal. Entrei nesta história em 1986. Anteriormente já havia estudado a linguagem de programação Fortran, na universidade, período dos cartões perfurados.

Como muitos, encostei a máquina de datilografia, objeto da antiguidade contemporânea. Fica difícil compreender a vida moderna sem um computador, item de consumo mundial.

Dez anos depois, em 1991 surgiu a World Wide Web semeando a grande rede mundial. Os primeiros modems também ficaram arcaicos em relação às velocidades de acesso da banda larga.

Hoje a internet é a maior enciclopédia existente, disponível em qualquer canto do planeta.

Se a transformação da tecnologia tem sido fantástica, imagine, se possível, a velocidade das inovações, avanços e mudanças que estão sendo implantadas silenciosamente, uma vez que o mundo não dispõe mais de condições para comemorar os marcos tecnológicos.

No lado da indústria automobilística, estamos assistindo a exaustão das fontes de energia fósseis, e a grande transformação do carro elétrico abastecido pelas células de combustível a base de hidrogênio.

As novas unidades de transporte pessoal vão se transmutar em um produto similar aos eletrodomésticos, mais baratos, completos, seguros e fáceis de operar. Poucos vão necessitar de curso de habilitação. As tendências apostam o início da avalanche deste novo produto dentro dos próximos 10 anos.

Quem se lembra dos primeiros celulares, grandes e pesados? Poucos. Na verdade o mundo se adapta rapidamente às novas tecnologias.

Enquanto isso, o homem continua matando seu próprio semelhante, continua excluindo a maior parte da humanidade, continua depredando tudo que encontra pela frente.

De cada 3 viventes humanos deste planeta, 2 estão fora do mercado de consumo. As novas ogivas nucleares dos norte-americanos, de terceira geração, produzidas recentemente em 2005, possuem o prazo de validade ampliado de 15 para 25 anos e a potência destrutiva também revolucionada de 700 mil para 1 milhão de pessoas exterminadas.

As 7 mil ogivas oficiais à disposição do senhor dos senhores Bush são suficientes para destruir toda a população atual desta terrinha contaminada pelo espírito humanóide. As inversões de valores tornaram-se comuns.

Como se explica a atitude de o maior produtor de armas de destruição em massa do mundo, invadir o Iraque alegando a produção destas mesmas armas? Trata-se de uma nova geração de humanos, refém dos senhores dos anéis.

Uns acreditam na degradação da humanidade. Outros percebem fortes sinais de renascimento. Estes últimos apostam em um processo de transformação silenciosa, crítica e reflexiva, em véspera de ebulição. Ou o homem encontra o caminho do equilíbrio, ou o desequilíbrio acaba com a humanidade.

É viver ou morrer. Não existe outra alternativa. Nossa tecnologia ainda não permite exportar os outsiders para a lua, marte, vênus ou qualquer estação interplanetária.

Comemoramos o aniversário de 25 anos do computador pessoal. Aleluia.

Orquiza, José Roberto

Escritor

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