Chirac desmentiu a sua intervenção no caso Clearstream


O Palácio Eliseu, sede do governo francês, através de um comunicado, se referiu ao tema pela primeira vez, depois que o jornal Le Monde publicou esta manhã as atas do interrogatório ao general dos serviços secretos Philippe Rondot.


Rondot afirmou que no dia 9 de janeiro de 2004, Dominique de Villepin, ministro das Relações Exteriores na época, havia lhe pedido, por orientação de Chirac uma investigação "confidencial" sobre Nicolas Sarkozy, atual ministro do Interior, que segundo uma denúncia anônima supostamente tinha contas reservadas em bancos no exterior.

A justiça está a tentar identificar a fonte anónima que falsamente acusou figuras políticas, entre as quais Sarkozy, de ter contas escondidas no estrangeiro, através da sociedade financeira Clearstream, com sede no Luxemburgo, para receber comissões à margem da venda de fragatas francesas a Taiwan.

O primeiro-ministro afirmou, em comunicado, «nunca» ter ordenado qualquer investigação sobre Nicolas Sarkozy, o seu rival à direita para as eleições presidenciais de 2007.

Em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal "Le Figaro", Villepin diz que não vê "a necessidade" de renunciar devido à avaliação negativa de seu governo nas pesquisas, e argumenta que uma equipe que passou por dificuldades como a sua "sai mais forte, mais experiente e mais unida".

Villepin também desmentiu hoje que havia pedido investigações sobre Sarkozy e o Palácio Eliseu afirmou que Chirac sempre "agiu pela moralização dos mercados internacionais e pela luta contra as máfias. E sempre instruiu seus governos nesse sentido".

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