O Ministério da Justiça deu início a uma nova etapa da Campanha de Desarmamento, intensificando a atuação no interior do País. O objetivo é envolver prefeituras, igrejas, organizações não-governamentais e lideranças comunitárias nos recolhimento de armas de fogo. "Essa fase é importante para a implantação definitiva da cultura da paz no Brasil, o que é facilitado com o apoio da sociedade civil", explicou o ministro Márcio Thomaz Bastos.
As ações da nova etapa da campanha começaram por São Paulo este mês, com a presença do ministro nos municípios de Campinas, Hortolândia e Sumaré. O estado é recordista na arrecadação de armas - mais de 76 mil até o momento - e todas as cidades já dispõem de postos de recolhimento.
A Campanha do Desarmamento é um marco na história brasileira no combate à violência. Desde que começou, em 15 de julho de 2004, a população já entregou mais de 270 mil armas de fogo para a destruição. Esse envolvimento da sociedade, segundo o ministro Thomaz Bastos, é uma resposta ao apelo do governo para a construção de um País mais seguro. "Isolada, a iniciativa não resolve o problema da violência, mas ajuda a reduzi-la, em especial nos crimes banais, cometidos em estádio de futebol, em brigas de casal ou de crianças que encontram armas em casa", explicou.
A previsão do Ministério da Justiça é recolher 400 mil armas até o final da mobilização, em 23 de junho. Para o secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, o principal resultado da campanha é a própria mobilização da população. "A participação plena da sociedade é essencial para a redução dos homicídios. Cada arma fora de circulação é um crime que pode ser evitado", afirma.
Este ano o governo contará com um forte aliado no engajamento da população. A Campanha da Fraternidade da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) definiu para 2005 o tema "Solidariedade e Paz", que prevê, ainda, o "Dia D" de recolhimento de armas em igrejas de todo o Brasil, que será realizado no dia 17 de abril. "Vai ser em um domingo. Mobilizaremos todos que puderem ajudar na campanha de desarmamento: a mídia, as igrejas, a OAB, a sociedade civil, as guardas municipais, as polícias Civil, Militar e Federal", explicou o ministro da Justiça
Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República
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