Por todo o país, o que importa é a linha de fundo do balanço, nomeadamente um aumento dos lucros, seja qual for o reflexo na vida social e familiar do país. Bem vindos outra vez a um governo do Partido Social Democrata em Portugal, uma vergonha nacional, como se pode ver a seguir...
Neste comunicado: 1. SCOTTWOOL Figueira da Foz mais 100 trabalhadoras no desemprego 2. CIV Miranda do Corvo 80 trabalhadoras vigiam a fábrica há mais de um mês, solicitam à Segurança Social o pagamento do subsídio de desemprego 3. BAGIR Coimbra 284 trabalhadoras no desemprego exigem a concretização da viabilização da empresa, e a manutenção dos seus postos de trabalho 4. Manifestação em Coimbra no passado dia 2 de Dezembro, promovida pelo Sindicato dos Têxteis do Centro, apela à unidade e solidariedade das trabalhadoras da região 5. Greve Geral 10 Dezembro 6. Assembleia Geral da Sobreiro19 Eleição dos Corpos Sociais no dia 13 de Dezembro
1. Alguns activistas da Sobreiro19 estiveram esta semana na SCOTTWOOL (ex-Malhas Sidney) na Figueira da Foz, onde foram recebidos pela delegada sindical Fátima Pinto, e a Comissão de Trabalhadores (CT) da empresa.
Os 100 trabalhadores (88 mulheres e 12 homens) desta empresa estão já com dois meses de salários e o subsídio de Natal em atraso.
Depois de um período de gestão (des)controlada que terminou em 12 de Novembro passado, a entidade patronal alega que não tem dinheiro para pagar os salários, e que a viabilização da empresa (SCOTTWOOL Industrial) está posta em causa, porque várias instituições bancárias recusaram os empréstimos que foram solicitados com esse objectivo.
Informam-nos trabalhadoras da empresa que a entidade patronal se esqueceu de referir os fundos que recebeu para modernizar a empresa, e que meteu ao bolso sem ter investido na empresa: a única coisa que fez foi dar-nos uns blocos de apontamentos para estudarmos em casa e ensinar-nos a mentir à Inspecção de Trabalho sobre os cursos de formação que estávamos a ter!.
Entretanto, a mesma entidade patronal mantém a marca SCOTTWOOL e três lojas comerciais (no Carregado, Coimbra e Figueira da Foz), através da empresa SCOTTWOOL Comercial, que continua a ter clientes no mercado nacional e internacional...
Às trabalhadoras da fábrica, resta-lhes solicitar a rescisão do contrato com o objectivo de requererem o subsídio de desemprego, o que farão nos próximos dias. Quanto ao futuro, as trabalhadoras dizem: Na Figueira da Foz, já não há mercado para o trabalho doméstico. Resta-nos as cozinhas dos restaurantes, no Verão. Somos trabalhadoras especializadas. Queremos trabalho com dignidade!.
2. As 80 trabalhadoras da CIV que estão em vigilância permanente à porta da empresa há mais de um mês, receberam ontem da Segurança Social a promessa de que o pagamento do subsídio de desemprego, requerido oportunamente, será processado o mais rapidamente possível.
3. As trabalhadoras da BAGIR (270 mulheres e 14 homens) estão a atravessar um período difícil. Há três anos, quando a antiga empresa em que trabalhavam (Blazer) foi vendida, aceitaram perder a antiguidade e começar de novo na BAGIR, na esperança de não perderem os seus postos de trabalho. Estavam de férias, quando receberam a notícia de que a empresa ia encerrar
As exigências da entidade patronal foram aceites, com o envolvimento de várias entidades, para que a empresa volte a abrir as portas: - Fundo de Investimento de cerca de 200 mil contos (aprovado pelo IAPMEI e Secretaria de Estado do Comércio e Economia) - Expansão em cerca de 1000 m2 envolventes ao espaço da fábrica (aprovado pela Câmara Municipal de Coimbra) - Diminuição dos custos de produção (conseguidos à custa de um Programa de Formação/Acção durante 3 anos, para os trabalhadores, com o apoio do IAPMEI e Câmara Municipal)
Apesar disso, a viabilização da empresa foi recusada pelo Grupo Polgat, de Israel, com a desculpa de que as alternativas chegaram tarde demais.
Mas as trabalhadoras têm uma certeza: haja vontade política, e a empresa pode reabrir as portas.
4. Em Coimbra, a Sobreiro 19 participou na manifestação organizada pelo Sindicato dos Têxteis do Centro, no passado dia 2 de Dezembro, que contou com a participação das trabalhadoras da BAGIR (Coimbra) e da CIV (Miranda do Corvo).
A manifestação percorreu as ruas da cidade, passando pelo Centro da Segurança Social, a Câmara Municipal e o Governador Civil, com o objectivo de denunciar a situação em que se encontram as trabalhadoras daquelas empresas, e apelar para a intervenção das entidades competentes no sentido da resolução dos conflitos existentes.
De realçar a intervenção e o trabalho dos dirigentes do Sindicato dos Têxteis do Centro, que tem acompanhado e apoiado a luta destas trabalhadoras. Ainda ontem, os dirigentes sindicais Fátima Carvalho e Luís Ferreira pediram a intervenção da Câmara Municipal para que: - sejam disponibilizadas verbas no sentido de criação de um Subsidio de Emergência excepcional para que o Natal das trabalhadoras da CIV e BAGIR possa ser uma realidade - seja pressionado o poder central no sentido de se encontrarem os investidores necessários à viabilização e reabertura da BAGIR, com a manutenção dos respectivos postos de trabalho - haja vigilância relativamente ao património da BAGIR (pertencente ao grupo Polgate), nomeadamente os terrenos onde se encontra a fábrica, no sentido de não deixar que o património seja destruído
5. Greve Geral - 10 de Dezembro À medida que a nossa associação conhece mais situações de falências, maior a repulsa que sentimos, pelas manipulações e fraudes que certos empresários usam para enriquecerem, não se preocupando em lançar na miséria milhares de famílias. O aumento do número de falências sem o governo tomar medidas adequadas merece a nossa mais viva indignação. Por tudo isso e porque somos trabalhadoras e trabalhadoras na maior parte no desemprego, porque sabemos que o projecto de Código de Trabalho prejudica quem trabalha e facilita o desemprego: A Sobreiro 19 está solidária com a Greve Geral contra o Código de Trabalho, e participará nos piquetes de greve que estão a ser organizados pela CGTP.
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