A remodelação governamental de surpresa revela:
1) em primeiro lugar, que o primeiro-ministro já não conseguiu sustentar a posição do seu mais antigo aliado, Rui Gomes da Silva, e que, depois de sucessivos escândalos, teve que o substituir do cargo de ministro dos assuntos parlamentares e reorganizar o governo para lhe conseguir um lugar;
2) em segundo lugar, demonstra a exaustão do governo na própria maioria e a sua dificuldade em encontrar responsáveis para os novos cargos o actual Secretário de Estado de Assuntos Parlamentares tinha sido designado pela maioria para a presidência da mais importante comissão parlamentar há menos de um mês e agora abandona o lugar.
Deste modo, Santana Lopes demonstrou que é o maior problema deste governo, criando instabilidade, volatilidade e incoerência, governando de escândalo em escândalo e de crise em crise. A crise do regime político português, em que se remodela um governo que não foi eleito, vai assim prosseguindo.
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