Em entrevista ao Portal do PT, Genoino também destacou os avanços que a direção do partido teve em questões como a da segurança pública e a situação das comunidades indígenas. Leia abaixo a íntegra da entrevista.
Qual sua avaliação sobre a reunião do Diretório Nacional do PT, ontem em São Paulo?
José Genoino - Foi uma reunião muito positiva para o PT e para o governo. Fizemos um debate muito qualificado e o diretório aprovou uma resolução que responde a todas as questões do PT e do governo. Nada ficou sem resposta. A resolução dá argumentos e dados para o PT retomar a iniciativa política e sair para o enfrentamento na defesa das propostas do partido e do governo.
Como a militância pode ajudar a preparar a campanha eleitoral?
José Genoino - Em primeiro lugar, a militância tem de ter argumentos na ponta da língua e a resolução dá esses argumentos. Em segundo lugar, entramos na fase da pré-campanha, que é de preparação do programa de governo e para fazer alianças. O PT tem que insistir na política de alianças com os partidos aliados. Tem também de mobilizar a base do partido com seminários e debates, tanto em torno das questões de governo como das eleições municipais.
Como a reunião tratou a questão da segurança pública?
José Genoino - Essa questão foi encarada como uma das prioridades do PT e do governo. Defendemos uma ação sistemática através do Sistema Único de Segurança Pública nas administrações estaduais onde existem sinais de descontrole no setor. Defendemos também a combinação de ação repressiva com políticas públicas, nas áreas de maior incidência do crime organizado e do tráfico, com o reforço nas áreas de fronteira, aeroportos e portos, onde as Forças Armadas podem dar uma boa contribuição, mas sempre sob a supervisão e comando do governo federal. O PT é contra mudar o papel constitucional das Forças Armadas.
Como preservar os direitos indígenas e evitar a violência como a que acontece agora em Rondônia?
José Genoino - Em primeiro lugar, o governo Lula está construindo alternativas para preservar os direitos indígenas, bem como os direitos das populações não indígenas, estabelecendo na demarcação instrumentos de políticas públicas e de preservação dos interesses nacionais. Uma atuação mais presente e mais forte deve acontecer com todos os órgãos de governo que têm relação com a questão indígena, além da Funai. Tem de haver um trabalho interministerial para enfrentar tanto situações como a de Rondônia como a da demarcação da área da Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Partido dos Trabalhadores
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