Juventude Ecologista exige mais residências universitárias
O ano letivo 2018-2019 começou de forma irregular para muitos estudantes fora do seu local de residência. Estamos todos lembrados da situação de estudantes sem local para residir durante o período letivo que levou a que muitos jovens estejam a partilhar pequenos apartamentos com vários outros estudantes, existindo, por exemplo, uma casa de banho ou uma cozinha que sirva 8 a 10 indivíduos.
Há também situações em que jovens se viram forçados a abandonar as suas vagas no ensino superior por falta de local e/ou condições para residir junto das instituições de ensino superior.
A Ecolojovem considera, sobretudo, degradante a situação a que se chegou sem que existam respostas efetivas para estes estudantes, fazendo com que o direito ao ensino, um direito fundamental numa sociedade que se quer desenvolvida, seja posto em causa.
Há falta de residências para estudantes, e o mercado especulativo imobiliário faz com que os preços nos grandes centros urbanos sejam muito superiores a, por exemplo, o salário mínimo nacional, colocando vários direitos dos cidadãos em causa e afetando as camadas mais jovens que por incapacidade financeira se veem obrigados a habitar as periferias das cidades, mesmo quando se encontram deslocados da sua área de residência, obrigando assim ao aumento das suas despesas, sobretudo ao que aos transportes diz respeito.
Para agravar ainda mais esta situação, existem cada vez mais estudantes que face a estes constrangimentos optaram por hostels e alojamentos locais como forma de garantia de habitação durante o período em que estão deslocados das suas residências para que possam prosseguir os estudos.
Não só esta situação é grave, na medida em que demonstra a incapacidade do Governo de encontrar soluções para estes problemas, como é igualmente grave o facto de estes jovens não só não terem um espaço fixo e condigno que lhes permita fazer o seu dia-a-dia com condições, como nalguns casos, como no município de Lisboa, estão ainda sujeitos ao pagamento de uma taxa turística, o que encarece o preço em 2€ por cada noite passada na capital.
Para a Ecolojovem, pela defesa dos direitos dos estudantes e na salvaguarda e cumprimento da Constituição da República Portuguesa, urge resolver esta situação, nomeadamente através do reforço da oferta de residências universitárias.
Cabe ao Estado encontrar soluções para os jovens que não conseguem aceder a residências e cujas capacidades económicas não lhes permitem encontrar uma solução de habitação junto da sua instituição de ensino superior, assim como cabe à autarquia lisboeta garantir que os jovens que se encontram nesta situação, tenham o garante da isenção da taxa turística.
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