Os partidos da oposição se juntaram ontem em Luanda para apelar para a marcação duma data para eleições legislativas em Angola e para um maior respeito pela democracia.
A “Campanha para uma Angola Democrática” assim foi lançada na Terça-feira, para “gerar pressão no sentido de cumprir a constituição, definir quando as eleições serão marcadas, sob quais condições e para preparar os cidadãos para terem um papel mais activo na sociedade”, disse o organizador da campanha, Rafael Marques.
Os participantes clamaram por uma eleição o mais rápido possível, para que o povo possa “criar as suas próprias alternativas”.
O governo de José Eduardo dos Santos já afirmou há muito tempo que não pode marcar uma eleição até que a constituição seja revista, uma posição que recebeu as críticas do presidente do Partido de Independência de Angola, Adriano Parreira, que acusou o governo de ser “ilegal” e “ilegítimo”.
UNITA apoiou a campanha, afirmando que quer uma eleição em 2005, o mais tardar. A campanha quer tornar-se num movimento nacional que reune todos os grupos da oposição e ONGs da sociedade civil.
As últimas eleições em Angola foram em 1992, ganhos pelo MPLA mas contestados por UNITA, o que provocou mais dez anos de guerra, até que Dr. Jonas Savimbi foi morto em combate em 20 de Fevereiro de 2002, que por sua vez levou à terminação do conflito em Abril daquele ano.
Assim monta a pressão sobre o Presidente. No entanto, se Angola é um estado de direito, não pode inventar processos eleitorais. Esses têm de ser definidas pela constituição do país.
Acácio BANJA PRAVDA.Ru
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