Recebemos informações de que os presos do Linhó decidiram organizar formas de protesto contra a sequência de mortes que atingiu este estabelecimento prisional.
Os presos temem continuar sujeitos à insegurança que campeia e querem provocar medidas sérias de contenção dos eventos mórbidos no Linhó.
Tanto quanto podemos julgar, não ajuda a postura das autoridades procurando desviar a atenção da opinião pública do que está em causa: as mortes resultaram de suicídios ou de homicídios?
A convicção de alguns detidos, transmitida à família do último falecido, é de que se terá tratado de um homicídio da responsabilidade dos funcionários prisionais que fizerem o jovem gritar na cela disciplinar.
O evitamento desta questão maior, antes mesmo de terem começado as averiguações policiais, não pode senão induzir a ideia de que a DGSP se prepara para, como noutros casos, procurar dificultar ou impossibilitar o apuramento da verdade e de responsabilidades.
Por outro lado, a experiência mostra que em situações semelhantes as autoridades irão provocar toda a espécie de incidentes ou usar a repressão arbitrária para evitar que a contestação se organize e se expresse.
O ambiente na prisão do Linhó, e eventualmente noutros estabelecimentos, tenderá a tornar-se mais tenso, enquanto as medidas que têm vindo a ser tomadas pelos sucessivos Directores Gerais que têm passado pelo lugar não parecem ter adiantado muito ao cenário de barbárie já anteriormente documentado.
Se o Estado português é tutela dos valores próprios da sociedade portuguesa tem estrita responsabilidade de mobilizar todos os seus recursos para defender os direitos dos presos à sua guarda. Se os serviços prisionais se declaram repetidamente, explicita ou implicitamente, incompetentes e incapazes de cumprir com as suas obrigações profissionais e institucionais, cabe aos mais altos responsáveis do Estado tomar medidas urgentes para repor a legalidade democrática.
Não pode o Estado português admitir que quem protesta justamente (mesmo ou sobretudo nas prisões) seja perseguido, molestado, intimidado, massacrado. É altura de finalizar os estudos das diversas comissões e avançar no terreno com atitudes concretas capazes de mobilizar a miriade de sistemas de inspecção e regulação das prisões que têm estado inertes ao longo dos anos e acabar com a impunidade e a corrupção.
O carácter de urgência foi pedido pelo Provedor de Justiça em 1996 e 1999.
Já está desactualizado. Já estamos cansados de batalhar contra ouvidos moucos.
SOS Prisões
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter
No Monte Kandaylian, na China, a 1262 metros acima do nível do mar, foi identificado um novo gênero e espécie de dinossauro da família Ankylosauridae. Esses incríveis animais viveram no período do Cretáceo Superior, entre 84 e 72 milhões de anos atrás. A nova espécie foi nomeada Tianzhenosaurus chengi.