Segundo ele, a incoerência é a marca registrada do Planalto. "A postura do PT está cheia de contradições. Isso engloba do presidente à prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. Na oposição, o partido sempre se limitou a fazer do denuncismo escandaloso um meio de obter espaço nos meios de comunicação e nas mentes do eleitorado brasileiro", avaliou.
SEM RUMO - Ontem, o tucano criticou o Partido dos Trabalhadores que, de acordo com ele, se distanciou das promessas de campanha. "Quem não se lembra do discurso inflamado, disposto a repetir que a gestão FHC se caracterizava pela falta absoluta de investimentos na área social?
Quem ouvia esse samba imaginava que o Planalto tramava contra a alegria da nação e em prol da disseminação da miséria. Isso era fruto do achismo, da vocação irrefreável para a mentira e da má fé do PT", disse.
O deputado reforçou ainda a tese de que foi só o partido do presidente chegar ao Planalto para o Brasil perder o rumo. Ele justificou a teoria baseado em documento elaborado pelo Ministério da Fazenda revelando que, nos últimos dois anos, o país investiu pesado na área social. " Os governos FHC deixaram uma herança bendita ao Brasil", lembrou. Feldman comemorou também a nova fase do PSDB sob o comando do ex-ministro José Serra, eleito há uma semana. "Ele e toda a bancada tucana no Congresso cobrarão do presidente as promessas de campanha", avisou.
Encontro do Movimento pela Unidade
O deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) abrirá hoje, às 9h30, no Auditório Nereu Ramos da Câmara, o II Encontro Nacional do Movimento Político pela Unidade (MPU). O evento vai abordar o tema "Fraternidade: raiz de paz e liberdade". São esperadas cerca de 400 pessoas, entre parlamentares e representantes do Executivo. "O movimento não pretende tornar homogêneas as diferenças ideologias partidárias - uma questão essencial da democracia - mas promover o bem comum social. O MPU poderá inclusive ajudar o país na consolidação do Mercosul, ao fortalecer os ideais compartilhados dos países participantes do bloco comercial", avaliou o tucano.
Tucanos culpam Planalto pela queda na renda do trabalhador
Os tucanos responsabilizaram ontem a política econômica do governo Lula pela queda na renda do trabalhador, que no mês de outubro caiu 25,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do IBGE. MEDÍOCRE - "A redução na renda do trabalhador é reflexo do crescimento medíocre promovido pelo Executivo que peca pela falta de um projeto de governo, de uma agenda nova e pela inexperiência administrativa. O Planalto está fazendo o país de cobaia e os trabalhadores estão pagando a bolsa de estudos petista que não aprendeu a governar", avaliou Sebastião Madeira, o novo presidente do Instituto Teotônio Vilela.
O deputado Mendes Thame acusou o governo Lula de "paralisar o país". Ele disse que a população está "pagando o preço" por uma política recessiva e pelo descaso na área social. "As estatísticas do IBGE confirmam mais uma vez que o governo Lula conseguiu parar o Brasil para balanço. E aplicou uma overdose de taxas de juros e de superávit primário para aplacar as desconfianças do mercado. O preço que o país paga hoje se deve ao PT que, ao longo de sua história, pregou o calote internacional, o fim da Lei de Responsabilidade Fiscal e a flexibilização do controle da inflação", afirmou o tucano paulista.
Dias, Lula não cumpre sua palavra
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse ontem que deixou de acreditar nos compromissos do presidente Lula. "Não acredito porque sei que ele não cumpre sua palavra. A reforma da Previdência aprovada no Senado na última quarta-feira não é a que Lula anunciou na campanha eleitoral", disse o tucano.O senador afirmou que, depois da aprovação da PEC em primeiro turno, Lula escreve um capítulo de sua história pública que poderia ser intitulado "esqueçam o que eu disse e o prometi".
REFORÇO NO CAIXA - "O presidente parece querer dizer a seus eleitores, antes de um ano de governo, que suas promessas não valem nada, que a situação agora é outra", resume o parlamentar. O více-líder do PSDB reafirmou que a reforma da Previdência patrocinada pelo Planalto não foi feita a favor dos aposentados, dos assalariados, dos pensionistas e do serviço público de qualidade, "mas apenas para reforçar o caixa do governo", destacou Alvaro Dias.Ele acredita que a reforma aprovada vai provocar um série de ações que sobrecarregarão o Judiciário.
Hauly homenageia palestinos em Sessão
Em nome do PSDB, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) defendeu a continuidade das negociações de paz no Oriente Médio em sessão solene pelo Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, comemo-rado no próximo dia 29. A data consta nas festividades do calendário desde 1978. "Esse dia faz lembrar ao mundo a necessidade de encontrarmos uma solução para o conflito entre palestinos e judeus, colocando um ponto final à guerra sangrenta e cruel que tem causado tanta dor e sofrimento aos dois povos e à humanidade", afirmou.
Recursos para Assistência Social
A Assistência Social será uma mera "prima pobre" da Seguridade caso a Constituição não preveja a aplicação de recursos para seus programas. A avaliação é do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), autor da PEC que estabelece vinculação constitucional de 5% do orçamento da Seguridade para custear a Assistência. Ele participou ontem de audiência com autoridades do setor a fim de discutir a sua proposta e o financiamento para a área. "O Orçamento de 2003 prevê cerca de R$ 4 bilhões para a Assistência Social. Caso a vinculação estivesse em vigor, teríamos R$ 9 bilhões", afirmou.
Fogo Amigo
"Não sinto neste projeto nada que procure resolver a dor dos excluídos, dos marginalizados e dos filhos da pobreza. Voto contra essa reforma da mesma maneira como o PT votou seis vezes contra ela."
- Senadora Heloísa Helena (PT-AL), ao anunciar, em um discurso aplaudido por quase todos os colegas presentes, seu voto contrário à reforma da Previdência. Por lutar pelas propostas defendidas pelo PT há quase um quarto de século, a senadora deverá ser expulsa do partido que ajudou a fundar por aqueles que chamou de "bajuladores do Planalto".
"Vivo um conflito. O que vamos fazer aqui é uma violentação." - Senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) que, apesar dos prantos, cedeu às pressões do governo. PSDB
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