Não entendo nem quero entender os motivos.
O comitê para tratar da eleição de Dilma Rousseff, teria contratado um grupo de antigos servidores da ABIN, Agência Brasileira de Inteligência, para trabalhar na campanha.
Não me interessam nomes e envolvidos; eles não têm mínima importância. Mas é um fato que não faz sentido. Antigos membros dos serviços de informação e da Polícia Federal, aposentados e com acusações de terem cometidos excessos em investigações, de nada servem.
Nesta hora surgem duas versões: levantariam os integrantes da campanha petista que fossem suspeitos e fariam um dossiê contra o principal opositor, José Serra.
Tolice. Eleição ganha-se nas idéias propostas Marina estaria eleita em primeiro turno palanque e simpatia do povo. Entre a população jovem votante, a ex-ministra do Meio Ambiente estaria eleita com larga margem de votos.
Mas o eleitorado é composto pela massa mais velha, na sua grande maioria um tanto comprometida, o que não acontece com os mais novos.
Ninguém duvida da capacidade da candidata que conhece o Brasil realmente. Então, a campanha fica entre Dilma e Serra. A convenção socialista erra, quando impede que Ciro Gomes seja candidato. O país perde a oportunidade de conhecer as propostas de governo de quem já foi prefeito, governador, parlamentar e ministro de Estado.
Mas o que não se entende mesmo é a espionagem política, típica dos regimes de força. Nem se sabe como esta história apareceu. Não foi feito nenhum dossiê contra Serra, nem investigados membros do PT que estariam passando informações.
Faca de dois gumes, pois todos sabem que estes agentes estão sempre prontos para o jogo duplo, dependendo da vantagem que vão levar.
E nós, eleitores conscientes, sempre pagando as custas do processo.
Jorge Cortás Sader Filho
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