Já faz quase um mês que ele foi assassinado e não há a mínima notícia de avanço nas investigações.
Pouca gente parece interessada no esclarecimento de uma morte que a alguns soa como "decorrência natural" da vida que ele levava, até ser preso e condenado por sua participação no assassinato do delegado Stênio Mendonça, em maio de 1997.
Morrer de bala nunca será "natural", ainda mais em tempo de paz. Não existe "boa" pistolagem, toda pistolagem é má. Até porque o gosto de sangue na boca vicia como droga.
É tememário e cheira a hipocrisia afirmar sem mais nem menos que Laurixto foi morto como queima de arquivo ou por seus próprios cúmplices na liquidação do delegado. Que arquivo era esse, se esse tempo todo ele nunca abrira a boca para acusar de ninguém? Quem dos cúmplices de 1997 estaria em condições de arregimentar quatro homens armados com pistolas de uso reservado às forças de segurança e ainda apagar as pistas do crime ou criar embaraços à investigação?
O caso Laurixto de 2008 é como o caso Stênio de 1997. Em 1997 a governadora Roseana Sarney, depois de perder um bom tempo com meias medidas, finalmente decidiu que era hora de enfrentar a bandidagem organizada, ainda que disso decorresse levar à cadeia um colega de infância como Laurixto, compadre do deputado federal Sarney Filho. Em 2008 ainda não se sabe se as autoridades querem mesmo ir fundo ou não.
A Polícia do Maranhão tem competência para desvendar esse crime, com ou sem a colaboração da Polícia Federal, que pode ser solicitada.
Está faltando o quê?
Walter Rodrigues
http://www.walter-rodrigues.jor.br/default.asp
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