A Polícia municipal do Porto começou a acompanhar a demolição as barracas no acampamento cigano, situado na rua do Bacelo, esta terça-feira (27).
O «grave estado de insalubridade» foi o motivo apontado pela autarquia do Porto para as demolições.
As famílias ciganas ainda não têm certezas sobre onde vão dormir. Segurança Social já chegou, mas só foi avisada a meio da manhã. Os populares querem um novo terreno para acampar. A iniciativa surpreendeu os moradores e as equipas sociais que têm acompanhado o caso, de acordo com Diário de Notícias.
Os despejos podem agora ocorrer a qualquer momento mas, segundo Vítor Marques, presidente da União Romani Portuguesa, "deverão ser feitos de forma faseada, casa a casa", para minimizar as reacções dos moradores.
Duas técnicas da Segurança Social estão no acampamento e garantiram às famílias que esta noite vai ser passada num pensão. Paula Varena, garantiu ainda que o realojamento provisório vai ser assinado por Rui Rio, presidente da Câmara do Porto. No entanto, ambas as soluções estão ainda dependentes da assinatura do director da Segurança Social, que por sua vez, aguarda a autorização do presidente da autarquia. O PortugalDiário contactou a assessora de Rui Rio que não prestou qualquer esclarecimento.
As máquinas para demolir as barracas do acampamento chegaram ao local pelas 9h20m da manhã, no entanto, a Segurança Social adiantou que foi apanhada de «surpresa» com um fax que chegou às instalações pelas 10h30m. A situação levou mesmo o presidente da Junta a afirmar aos jornalistas que «a opinião pública sabe bem de quem é a culpa».
Com a chegada do fim da manhã os funcionários foram almoçar. Já as famílias estão no local, a aguardar respostas, sem possibilidade de cozinhar, uma vez que os fogões já desapareceram com as demolições.
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