Geógrafo trata de compartilhamento, aspectos tecnológicos e gestão de recursos hídricos

Geógrafo trata de compartilhamento, aspectos tecnológicos e gestão de recursos hídricos

por Mauro Bellesa 

Nem sempre a dificuldade de acesso à água está relacionada com o grau de sua disponibilidade. A satisfação das necessidades da população muitas vezes está mais vinculada à qualidade da gestão dos recursos hídricos disponíveis, segundo o geógrafo Luís Antonio Bittar Venturi, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

No dia 3 de agosto, às 11h, Venturi faz a conferência Recursos Hídricos: Do Oriente Próximo ao Brasil, organizada pelo Grupo de Pesquisa Khronos: História da Ciência, Epistemologia e Medicina

O evento terá moderação de Gildo Magalhães dos Santos, coordenador do grupo e também professor da FFLCH-USP. A participação é aberta e gratuita a todos os interessados, mas requer inscrição prévia. Para assisti-lo ao vivo pela internet não é preciso se inscrever.

Por meio de três estudos de caso, Venturi buscará demonstrar que:

  • acordos de cooperação de uso compartilhado de bacias hidrográficas e o atual estágio de desenvolvimento tecnológico "anulam a hipótese de escassez hídrica e eventuais conflitos decorrentes de disputa por água";
  • ter acesso à água "é muito mais uma questão de gestão do recurso do que de sua disponibilidade".

 Para tratar do uso compartilhado de bacias hidrográficas, Venturi utilizará como base empírica o contexto da bacia do rio Eufrates - partilhada por Turquia, Síria e Iraque. A questão tecnológica terá como referência os países do Golfo Pérsico, que se abastecem por dessalinização da água do mar. A realidade brasileira, onde áreas de maior disponibilidade hídrica apresentam os mais baixos índices de acesso à água potável, será o contexto ilustrativo para Venturi abordar o aspecto da gestão (em contraste com a disponibilidade).

Ao construir sua argumentação, o geógrafo propõe uma nova perspectiva em relação aos recursos hídricos, "menos malthusiana, mais realista e otimista".

Foto: Barco leva cisternas para comunidades de baixa renda da Amazônia armazenarem água da chuva, medida necessária apesar da abundância do recurso na região



Recursos Hídricos: Do Oriente Médio ao Brasil
3 de agosto, 11h
Sala Alfredo Bosi, rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária, São Paulo
Evento gratuito e aberto a todos os interessados, mediante inscrição prévia
Para assistir ao vivo pela internet não é preciso se inscrever
Mais informações: com Cláudia Regina Pereira ([email protected]), telefone (11) 3091-1686
Página do evento

http://www.iea.usp.br/noticias/recurso-hidricos-no-oriente-medio-e-no-brasil?utm_source=Boletim&utm_medium=email&utm_content=recursos%20hidricos%20oriente%20brasil

 

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