LONDRES-INGLATERRA - Em comunicado, a Anistia Internacional disse que o Brasil precisa revogar a Lei da Anistia, que impede que aqueles responsáveis por execuções e torturas cometidas durante o regime militar de 1964/1985 sejam investigados e punidos.
Por ANTONIO CARLOS LACERDA
Em sua sede em Londres, Inglaterra, a Anistia Internacional exortou a presidente Dilma Rousseff a revogar a lei de 1979, que protege suspeitos de "torturas, execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados e estupros".
"Essa lei é um escândalo, e não fazer nada impede que se faça justiça. Ela deve ser declarada nula, e aqueles responsáveis por abusos dos direitos humanos devem ser levados à Justiça sem demora", disse a diretora da Anistia Internacional para as Américas, Susan Lee.
Ações judiciais contra a Lei da Anistia foram derrotadas em 2010 e a presidente Dilma Rousseff já prometeu publicamente aos militares que ela é "intocável", apesar de críticas do Tribunal Europeu de Direitos Humanos e do Comitê de Direitos Humanos da ONU - que determinou que leis de anistia como essa são incompatíveis com a proteção dos direitos humanos.
"Ao manter uma lei que permite que crimes como torturas e assassinatos permaneçam impunes, o Brasil está ficando para trás de outros países da região, que fizeram esforços sérios para lidar com essas questões", disse Susan Lee. As informações são da Dow Jones.
ANTONIO CARLOS LACERDA é correspondente internacional do PRAVDA.RU
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