Consciência e mais consciência para ter a pátria socialista

O comandante Chávez encabeçou um ato de massas recordando o Golpe de Estado por ele sofrido e a resposta do povo venezuelano, que em menos de 48 horas o reconduziu ao poder.

Resumen Latinoamericano

Resumo Latino americano/ABN - Há oito anos da vitória popular de 13 de abril de 2002, o presidente da República, Hugo Chávez Frías, reuniu-se ao povo nesta terça-feira (13 de abril) na avenida Bolívar, de Caracas, onde renovou o compromisso de continuar a luta para acabar com o capitalismo e dar um passo definitivo rumo ao socialismo.

“Estou encarregado de enfrentar esta batalha até o último dia de minha vida. Até que me levem à tumba. Enquanto eu estiver de pé, estarei aqui, na batalha junto ao povo, na luta pela construção da pátria socialista, pela construção da nova pátria”, expressou o Chefe de Estado durante o ato de celebração do Dia da Milícia Bolivariana, do Povo Armado e da Revolução de Abril.

Pediu ao povo “que ninguém se desmotive por conta de adversidades pessoais, familiares ou de outro tipo. Bolívar, o pai, segue clamando: Se queremos pátria, como a queremos, então, paciência e mais paciência, constância e mais constância, trabalho e mais trabalho, estudo e mais estudo, unidade e mais unidade, consciência e mais consciência para termos a pátria socialista”.
“A única maneira de termos a pátria é construindo o socialismo do século XXI aqui na Venezuela”, tarefa que destacou não ser fácil.

A resposta à contra-revolução é a radicalização

Recordou que “em 11 de abril, passou por aqui (em referência à avenida Bolívar, situada no centro de Caracas) a turba de burgueses envenenados com o ódio, rumo à casa de Miraflores. Iam por mim, iam liquidar-me. Sem dúvida, encontraram com o povo na ponte Llaguno, onde um grupo de valentes compatriotas deram sua vida. Eles estabeleceram uma linha de resistência e impediram que aquela turba entrasse em Miraflores e me transformasse em papa”, disse.

Chávez relatou que “logo que deram a ordem para me liquidarem, marcaram a data do dia de minha morte (…) somente o destino, um povo na rua e uns solados que se negaram a cumprir ordens de dispararem contra o povo ou contra mim, e uma espécie de milagre permitiram que naquela madrugada eu não morresse. Ainda que os planos para me matar continuassem, o povo coroava a grande vitória do 13 de abril junto aos seus soldados patriotas”.

O chefe de Estado venezuelano, Hugo Chávez Frías, aconselhou, nesta terça-feira, que a contra-revolução venezuelana evite repetir os fatos ocorridos em 11 de abril de 2002, quando se produziu um golpe de Estado contra-revolucionário. Além disso, enfatizou que se acontecer algo parecido, o povo e os soldados juntos darão uma resposta contundente, “que barrará a burguesia venezuelana”.

Assim, advertiu Chávez durante a celebração do Dia da Milícia Bolivariana, do Povo em Armas e da Revolução de Abril, há oito anos da vitória revolucionária que esmagou o golpe de Estado fascista do 11 de abril de 2002.

“Que não se iludam. Se tentarem outra vez o 11 de abril, verão outro 13, porém elevado à enésima potência. Quero recordar; que o Chávez idiota ficou para trás”, disse.

Ressaltou que, para eles (a oposição), é melhor respeitar a Constituição e as leis da nação e destacou que agora existe um povo e uma força armada mais forte, que faria respeitar a Carta Magna e defenderia todas as mudanças alcançadas pela Revolução.

“Se não fizerem, aqui estamos nós, homens e mulheres, povo e soldados dispostos a fazer respeitar as leis, a soberania, a independência sagrada da Venezuela para fazer respeitar a Revolução Bolivariana”, enfatizou.

Estas palavras do Presidente Chávez foram pronunciadas durante o ato que serviu também para juramentar 35 mil efetivos da Milícia Nacional Bolivariana.

O juramento das combatentes e dos combatentes foi feito num ato que tomou de ponta à ponta a avenida Bolívar, com a espada especial do Pai da Pátria, Simón Bolívar, como testemunha do compromisso revolucionário assumido pelo povo armado.

“Vou juramentar mais de 30 mil milicianos e milicianas dos batalhões estudantis, das unidades de corpos combatentes, dos batalhões de milícias camponesas e operárias. Me dá muito orgulho saber que entre eles existem muitas mulheres, dando mais força, vigor e paixão à tarefa da lutar pela soberania e independência do país”, proferiu o líder máximo do processo revolucionário.

A juramentação deste milicianos ocorreu logo que o Mandatário Nacional declarou o 13 de abril como o Dia da Milícia Nacional Bolivariana, do Povo em Armas e da Revolução de Abril.

Desta forma, a Venezuela reconhece o feito histórico do povo e sua Força Armada Nacional Bolivariana, que nessa data de 2002, derrotou os fascistas e restabeleceu o rumo da Revolução Bolivariana, elevando o compromisso de transformação socialista.

A ameaça ianque continua

Durante sua intervenção, o líder da Revolução Bolivariana chamou a atenção sobre a continuidade da ameaça do imperialismo ianque contra a Venezuela e disse que setores contra-revolucionários e pró-ianques venezuelanos e de alguns países vizinhos, como a Colômbia, se mantém conspirando para desestabilizar e agredir a Venezuela.

“O 11 de abril não terminou, a ameaça golpista, a ameaça imperialista não terminaram e nem terminarão em curto tempo. Ali estão os pró-ianques venezuelanos, essa burguesia apátrida, sempre buscando uma maneira de desestabilizar o país. Assim, como o 11 de abril não terminou, o 13 de abril tampouco terminou”, afirmou o Presidente.

De igual maneira, o Chefe de Estado enfatizou que a consciência e a união nacional são as armas com as quais contamos para continuar derrotando os ataques do império e da burguesia criolla.

Por outro lado, lamentou a morte de venezuelanos durante os dias 11, 12 e 13 de abril de 2002. Destacou que “esse golpe de Estado fascista ativou as forças contidas no seio do povo e das Forças Armadas”.

“Seguramente a oligarquia, o imperialismo, previram que se o povo saísse às ruas como saiu, ocorreria o que já havia acontecido durante do Caracazo (em referência ao massacre cometido pelo governo social-democrata de Carlos Andrés Pérez). Eles contavam que os fuzis de nossos soldados freariam a rebelião popular e se surpreenderam porque, apesar dos mais de 100 generais e almirantes traidores, que se apegaram à burguesia, os soldados não só negaram-se a cometer um massacre, como se puseram com seus fuzis ao lado do povo”, enfatizou o Presidente.

Toda a Assembleia deve ser do povo

Demonstrando preocupação com o fato dos planos contra-revolucionários seguirem em marcha, o presidente Chávez aconselhou o povo venezuelano a apoiar os candidatos a deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de maneira que se possa acelerar as transformações no país e consolidar a Revolução.

“Uma vez mais, temos que nos unir aos candidatos. Em 2 de maio serão as eleições internas do partido. Ao final da primeira semana de maio, teremos nossos candidatos à Assembleia Nacional”, destacando o também presidente da chapa vermelha.

Chávez explicou que, com a vitória da maioria vermelha nas eleições de setembro, se impedirá que a burguesia ganhe espaços para promover suas ações desestabilizadoras e que utilize o Poder Legislativo para alcançar “seus nefastos fins”.

“Eles não querem governar, querem desestabilizar o país e reformar as leis revolucionárias”, disse o Presidente.

Destacou que o ano que vem (2011) será um tempo de muito progresso e crescimento econômico e estimou que, com o término de 2010, a nação deixará para trás algumas dificuldades sofridas.

Da mesma maneira, manifestou sua disposição de continuar junto do povo, abrindo caminhos e escrevendo novas páginas para seguir rumo ao socialismo que se quer construir.

“2012 é ano de eleições presidenciais. Se Deus me der vida e saúde, aqui estaremos, dispostos a abrir mais uma página para seguir caminhando juntos toda esta década, a segunda do século 21”, pontuou.

Nesta terça-feira, 13 de abril, se celebrou o oitavo aniversário do heroico feito cívico-militar que reconduziu à frente do Governo Nacional o Chefe de Estado venezuelano, logo após o golpe de Estado que durou, somente, 48 horas.

http://www.resumenlatinoamericano.org/index.php?option=com_content&task=view&id=1827&Itemid=1&lang=es

Tradução: Maria Fernanda M. Scelza

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey