Paraguaios são contra proporcionalidade no Parlamento do Mercosul

Os representantes do Paraguai na Comissão Diretora do Parlamento do Mercosul manifestaram, ontem, em Montevidéu (Uruguai), sua posição contrária à proposta de proporcionalidade de parlamentares no órgão de acordo com a população de cada integrante do bloco. Por isso, pediram a suspensão da reunião, para que pudessem analisar melhor o assunto.

Os parlamentares paraguaios deverão reunir-se na sexta-feira (24) com o vice-presidente daquele país, Federico Franco, para discutir a proposta, que já tem o apoio do Brasil, da Argentina e do Uruguai. a Comissão Diretora do Parlamento do Mercosul volta a reunir-se em 4 de novembro, em Montevidéu.

O presidente do Parlamento do Mercosul, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), defendeu o critério da proporcionalidade. “Precisamos ter a proporcionalidade, porque, sem ela, o povo do Mercosul não estará representado. O Parlamento não é uma instituição para representar os países, mas sim o povo, que só será representado se países com população maior tiverem um maior número de parlamentares”, destacou.

Atualmente, cada um dos quatro integrantes permanentes do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - conta com 18 representantes no Parlamento do Mercosul. A Venezuela, que está em processo de adesão, tem 9 parlamentares.

Se for adotado o critério da proporcionalidade o Brasil ficará com 75 cadeiras; a Argentina com 33; e o Paraguai e o Uruguai com 18 cada um. Caso a Venezuela passe a integrar o bloco formalmente, o país poderá ter direito a 27 cadeiras.

Quanto à entrada da Venezuela no Mercosul, Dr. Rosinha afirmou que falta apenas a votação da proposta pelo Plenário da Câmara. A adesão da Venezuela já recebeu parecer favorável das comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
(*) Fonte: Jornal da Câmara.

Por Karla Alessandra

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