Os ataques contra trabalhadores de agências de apoio e ajuda no Sudão ocidental alcançaram níveis nunca vistos, pondo em perigo operações vitais de alívio na região de Darfur, declarou ontem Ameerah Haq, Residente da Organização das Nações Unidas e Coordenador Humanitário no Sudão.
Numa declaração feita em Khartoum e emitida pelo seu gabinete, Ameerah Haq disse que a comunidade humanitária operacional no Sudão condenou todos os atos de violência em Darfur, onde rebeldes têm estado a lutar com as forças do Governo e milícias aliadas há cinco anos, desde 2003.
Na segunda-feira Mohamed Ali, um motorista contraído pelo Programa Alimentar Mundial da ONU, foi morto a tiro e seu assistente seriamente ferido por assaltantes não identificados enquanto viajando na rota principal em Nyala, a capital de Darfur Sul.
Esse ataque seguiu o apunhalar mortal de dois outros motoristas do PAM no fim-de-semana em estado de Unity, Sul do Sudão, e é o último ataque numa série de seqüestros matanças no país em geral, e particularmente em Darfur.
O gabinete da Sra. Haq disse na declaração que a comunidade humanitária apelou por um fim a todos os ataques, a liberação imediata dos que foram raptados e que sejam punidos os que atacam trabalados das agências de apoio em todo o país.
Ontem o representante do PAM no Sudão, Kenro Oshidari, deplorou os últimos ataques e advertiu que as companhias contraídas de transporte em camião da agência e seus motoristas encaravam atos diários de violência.
Mais de 200.000 pessoas foram mortas nos passados cinco anos em Darfur e ao menos outros 2,2 milhões foram forçadas a fugirem dos seus lares por causa da violência entre grupos tribais e os ataques por bandidos.
Mais cedo este ano uma missão mista de manutenção da paz da ONU/União Africana conhecida como UNAMID foi instalada para tentar extinguir o sofrimento e violência mas até hoje aproximadamente apenas 9.000 pessoas armadas estão no lugar, bem abaixo dos 26.000 esperados.
Fonte: ONU
John LOPES
PRAVDA.Ru
ÁFRICA CENTRAL
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