Há um projeto do governo do Estado do Rio de Janeiro, de promover o replantio das matas ciliares do sistema que abastece a capital de água potável, utilizando-se mao´de-obra dos presídios.
O reflorestamento global é uma das alternativas, juntamente com a bioengenharia para retardar os efeitos das mudanças climáticas, pois significa, além do seqüestro de carbono na fase de crescimento, na fase adulta significa ventilação e fornecimento de um bem que se tornará vital em algumas décadas: a água potavel.
Há um esforço capitaneado pelas Nações Unidas junto as populações de alguns países para este fim, entretanto, os campeões do reflorestamento estão na África subsaariana, entretanto, tais paises, não sofrem com os efeitos do aquecimento global, tanto como os países da região temperada que são avassalados por altas temperaturas durante o verão.
As árvor4es que estão sendo plantadas na Africa subsaariana bem como o desmatamento da Amazônia, em nada contribuem para a ventilação e, consequentemente, temperaturas mais amenas durante o verão na zona temperada onde, a propósito, deveria haver os maiores esforços para o plantio de árvores, entretanto, as populações que mais sofrem com as mudanças climáticas não se espelham em seus amigos africanos.
Os governos, à exceção dos maiores poluidores como a China e os EUA, estão se engajando cada vez mais em combater os efeitos das mudanças climáticas, embora muito timidamente, pois simplesmente endossar Kioto como fez, recentemente, a Austrália, pouco contribuirá para tanto, pois os metas ali estabelecidas serão pouco eficazes.
Uma vez que os governos, principalmente os europeus, estão, cada vez com mais prioridade, tentando encontrar um modo de combater os efeitos das mudanças climáticas, produzindo energia por fontes alternativas, por exemplo, os governos poderiam utilizar a mão-de-obra dos presídios para o plantio de árvores.
Utilizando-se a mão-de-obra dos presídios com a comutação de pena usual, ou seja, um dia de trabalho por três dois de pena, atingem-se vários objetivos como, por exemplo, justifica-se, no caso do Brasil, os mais de R$ 1.000 gastos por prisioneiro ; termina-se ao menos momentaneamente, com a superlotação e também, momentaneamente, com o ócio.
Os prisioneiros chineses, de quem a Anistia Internacional não tem conhecimento, por exemplo, ficaram muito satisfeitos em contribuir para o plantio de árvores, apenas para deixar por alguns instantes seu martírio.
No Brasil, a mão-de-obra dos presídios, incluindo os de Abaetetuba, no esquecido, até o presente momento, estado do Pará, como o é toda a Região Amazônica, poderia ser utilizada, por exemplo, para o plantio de matas ciliares, incluindo a do Rio São Francisco.
Entretanto, para realizar tais medidas, ou seja, utilizar a mão-de-obra dos presídios para tal objetivo, é necessário algo que alguns integrantes do governo do Estado do Rio de Janeiro tem e que falta ao restante: inteligência.
Jose Schettini Petroplis, RJ
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