Depois de Moscou ter enviado uma expedição ao Pólo Norte, os governos da Dinamarca , Canadá e agora os Estados Unidos tambem declararam não abandonar territórios que consideram seus.
Na semana passada o primeiro-ministro canadiano garantiu durante uma visita ao norte do país que irão ser construídas duas bases militares na remota região de Resolute Bay, a 600 km do Pólo Norte.
Stephen Harper tomou esta decisão depois de uma expedição subaquática russa ter reivindicado a pose de algumas regiões polares e dos dinamarqueses também terem avisado que tencionam enviar cientistas à Gronelândia para perceberem a quem pertence o valioso território subaquático localizado debaixo do Pólo Norte.
Harper afirma veemente que para assegurar a soberania dessa zona deve vigorar uma política de usar ou perder, logo usa-se: O anúncio de hoje serve para mostrar ao mundo que o Canadá tem uma presença, crescente e de longa duração no Pólo Norte.
Ontem (13) os norte-americanos declararam o envio de lancha da Guarda Costeira Healy que inicia na sexta-feira próxima um cruzeiro de quatro semanas cujo objetivo é mapear o leito marinho no cabo Chukchi, um platô submarino que se estende desde a costa do Alasca por cerca de 800 quilômetros em direção ao norte.
A "missão cartográfica" vai determinar se parte dessa área pode ser considerada território norte-americano. Cientistas dos EUA disseram que não se trata de uma resposta à missão russa que neste mês fincou uma bandeira no leito marinho sobre o Pólo Norte, nem a um recém-anunciado plano canadense de construir um porto no Ártico.
Supõe-se que o imenso território escondido pelas águas gélidas do Oceano Árctico contenha 25 por cento das reservas de gás e petróleo ainda por explorar.
Pouco convencidos estão os russos que ao estilo dos descobridores do início do século XX e com a ajuda de um submarino colocaram briosamente uma bandeira russa no fundo do oceano, precisamente debaixo do Pólo Norte.
Moscou alega que a cordilheira subaquática Lomonosov é um prolongamento do país, dai resolver passar das palavras aos actos, mas a expedição dos dinamarqueses pretende provar o contrário : cordilheira subaquática Lomonosov é o leito da Gronelândia pertencida à Dinamarca.
Países litorâneos têm direito aos recursos existentes no leito marinho de suas plataformas continentais. Pelo direito internacional, um país tem acesso automático a uma faixa de 200 milhas náuticas (370 quilômetros), mas pode ampliá-la dependendo de certos critérios geológicos, segundo nota da Administração Oceânica.
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