EUA: inteligência crê que Fidel voltará ao poder

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos, que há poucos meses consideravam iminente a morte do dirigente cubano Fidel Castro, agora admitem que ele está se recuperando e não descartam que ele volte ao poder.

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"Ele provavelmente se recuperou. Se isso significa que ele vai algum dia experimentar uma plena recuperação seria especular", disse na terça-feira uma importante fonte dos serviços de inteligência norte-americanos, sob anonimato.

"Certamente é possível. Não se pode descartar isso. E é a mesma coisa com retomar o poder. Acho que é improvável a esta altura, mas não podemos descartar inteiramente."

Fidel em julho transferiu o poder a seu irmão Raúl, por causa de uma cirurgia intestinal. Desde então, não aparece em público - só em vídeos e fotos.

Apesar de acompanhar Fidel de perto há quase cinco décadas, o serviço de inteligência dos EUA não tem um currículo invejável quando se trata de Cuba, o que vem desde 1961, quando a CIA imaginava que uma invasão de exilados pela baía dos Porcos seria o estopim de uma rebelião contra o regime comunista - o que afinal não aconteceu.

A vida pessoal de Fidel sempre foi tratada como segredo de Estado, e só seu círculo mais íntimo teve detalhes sobre o atual problema de saúde. A falta de informações despertou especulações de que ele estaria com câncer, e em dezembro o ex-chefe de inteligência dos EUA John Negroponte disse que Fidel estava à beira da morte, o que repetiu no mês seguinte ao Congresso.

Mas nos últimos meses a imprensa estatal cubana mostra Fidel como alguém capaz de encontrar dignitários estrangeiros, intervir nos assuntos de governos e expressar suas opiniões por meio de artigos no jornal Granma.

"Pode-se argumentar que ele já voltou de certa forma. Mas não é ponto pacífico a esta altura seu papel preciso no governo, como vai ser e que tamanho terá (esse papel)", disse outra fonte dos EUA.

Poucos especialistas acham que Fidel voltará à forma altiva do passado, mas alguns acreditam que ele pode manter poder decisório sobre alguns temas, como política externa.

Fonte: Terra Noticias