O chefe do Governo italiano, Romano Prodi, apresentou a sua demissão ao Presidente da República, Giorgio Napolitano, que inicia hoje consultas políticas antes de tomar uma decisão.
Segundo uma declaração da Presidência da República, «o Presidente da República reservou a sua decisão e convidou o Governo a permanecer em funções para se ocupar dos assuntos correntes. O Presidente iniciará quinta-feira as suas consultas a partir das 10h00», lê-se no comunicado oficial.
Entretanto, Napolitano poderia de novo convidar Romano Prodi a formar novo governo.
Marina Sereni, da Ulivo, da coligação de Prodi, explica: "agora vamos ter uma fase de negociações, de confronto político. Penso que toda a união terá interesse em obter uma maioria sólida no Senado e se possível um alargamento a outros partidos políticos".
Romano Prodi está disposto a voltar a dirigir um executivo, mas apenas se tiver garantias dos parceiros da coligação. A inclusão de um novo partido, como a União Democrata de Centro, não está fora de hipótese. No entanto, como refere Pierferdinando Casini, da UDC, "nenhuma fase política séria pode basear-se em actos de transformismo porque cada um de nós está ligado a compromissos com os seus próprios eleitores".
Romano Prodi voltou a ser vítima de uma rebelião comunista. Um dos motivos foi a decisão do governo em autorizar o alargamento da base militar norte-americana de Vincenza.
No entanto, pelo menos uma das duas formações esquerda que provocaram a crise está preparada para apoiar um novo executivo de Prodi. "Estamos convencidos de que este governo deve continuar a viver. O governo de Prodi tem o apoio e a confiança incondicionais do Partido Refundação Comunista", disse Franco Giordano, do PRC.
Com a queda de um terceiro executivo de Romano de Prodi, depois do sucedido em 97 e em 98, sempre por causa dos comunistas, a Itália prepara-se agora para o 56º governo depois do fim da II Guerra Mundial.
Com Euronews
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