O Japão poderá ter dentro de três a cinco anos a sua própria bomba atómica, se decidir rever a sua doutrina anti-nuclear, revela hoje o diário conservador Sankei Shimbun, citando o que diz ser um estudo governamental secreto.
De acordo com o jornal, o Japão teria de investir entre 1,3 e 1,9 mil milhões de euros e dar trabalho a várias centenas de engenheiros para produzir um protótipo de ogiva nuclear.
"No Japão há várias fábricas de enriquecimento de urânio, bem como a tecnologia e capacidade para o reprocessamento. Mas devido a restrições tecnológicas, essas fábricas não servem para o fabrico de armas nucleares", escreve o jornal resumindo o estudo, cuja existência já foi desmentida pelo governo.
Único país no mundo a sofrer os efeitos de duas bombas atómicas, em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, na Segunda Guerra Mundial, o Japão enveredou por uma política anti-nuclear em termos de armamentos, comprometendo-se a nunca fabricar, possuir ou armazenar armas atómicas no território.
No entanto, dirigentes japoneses manifestaram recentemente a necessidade de quebrar o tabu nuclear, exigindo um debate público sobre a oportunidade de abandonar ou não a doutrina, depois de a Coreia do Norte ter efectuado, a 09 de Outubro, um primeiro ensaio nuclear. O primeiro-ministro, Shinzo Abe, tem afirmado por várias vezes que o Japão deveria permanecer fiel à sua doutrina anti-nuclear.
Segundo "Angola Press"
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