Papa Bento XVI reafirmou ontem em Istambul a sua intenção de desenvolver e e fortalecer a cooperação com Igreja Ortodoxa. O Pontifice declarou isso num encontro com o patriarca ortodoxo de Constantinople , Bartolomeu I.
Como sublinha a imprensa local, Papa cumpriu a tarefa principal da sua visita à Turquia , que é a chegada de Primeira Roma a Segunda , como considera-se Constantinople histórico, com uma tentativa de aproximar o Catolicismo Romano à Igreja Ortodoxa
Bento XVI participará hoje na Liturgia Ortodoxa para comemorar o dia de Apóstolo Santo André , o protetor de Constantinople histórico e todas as Igrejas Ortodoxas Orientais. Após liturgia assinará com Bartolomeu I a declaração conjunta, o documento mais importante na sua viagem à Turquia.
Há cerca de 100 mil cristãos na Turquia.
Os turcos esperavam que a visita do pontífice ajudasse a convencer europeus céticos de que seu país, relativamente pobre, mas com 73 milhões de habitantes, é digno de pertencer ao bloco europeu.
A UE critica a Turquia pelo tratamento que dispensa a minorias religiosas, e Bento XVI salientou em outro discurso em Ancara que todas as democracias precisam garantir as liberdades religiosas.
O primeiro-ministro Tayyp Erdogan, muçulmano devoto e casado com uma mulher que costuma cobrir a cabeça em público, como determina a religião, foi também bastante elogiado por encontrar na sua agenda um espaço para recepcionar o papa.
Mas as ambições da Turquia em relação à UE sofreram um golpe ontem, quando a Comissão Européia (Poder Executivo do bloco) decidiu suspender parte das negociações de adesão com Ancara devido à resistência do governo turco em abrir seus portos a navios vindos de Chipre, segundo uma fonte que acompanhou a decisão.
A Al Qaeda no Iraque criticou ontem a visita do papa Bento XVI à Turquia, afirmando que ela faz parte de uma "cruzada" contra o Islã. A viagem é a primeira de Bento XVI a um país islâmico como pontífice, buscando diálogo com muçulmanos.
Com agências
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