A corrida pelo título da Copa das Confederações Rússia 2017

A corrida pelo título da Copa das Confederações Rússia 2017

Em 17 de junho será dado o pontapé inicial da décima edição da Copa das Confederações, que terá lugar na Rússia. A abertura do evento ocorrerá em São Petersburgo, onde também será disputada a final, no dia 2 de julho.

Eduardo Vasco, Pravda.Ru

 

Oito seleções participarão do torneio: a anfitriã Rússia, país sede da Copa do Mundo de 2018; a campeã mundial Alemanha; o campeão europeu Portugal; o Chile, vencedor da Copa América; o México, que conquistou a Copa dos Campeões da Concacaf; o time de Camarões, que obteve o título africano; a Austrália, campeã da Copa da Ásia; e a Nova Zelândia, vencedora da Copa da Oceania.

Rússia, Portugal, México e Nova Zelândia compõem o grupo A da competição. O grupo B é formado por Alemanha, Chile, Camarões e Austrália.

A Pravda.Ru ouviu dois especialistas brasileiros em futebol internacional, que analisaram as principais concorrentes ao título da competição.

Para André Rocha, blogueiro do UOL e ex-comentarista dos canais ESPN e Esporte Interativo, esta edição da Copa das Confederações não tem nenhum favorito. "A Alemanha, que costuma não dar tanto valor a qualquer coisa que não seja Copa do Mundo e Euro, deve aproveitar a Copa das Confederações para fazer mais experiências neste processo de renovação", opina.

Fábio Piperno, comentarista da Rádio Bandeirantes e do canal BandSports, acredita que a Alemanha ainda não encontrou substitutos à altura do lateral Philipp Lahm ou do meio-campista Bastian Schweinsteiger. Mas nomes como Leroy Sané e Max Meyer são exemplos de jogadores talentosos da nova geração do futebol alemão. Além disso, um técnico como Joachim Löw, há 11 anos no cargo, pode fazer a diferença pela experiência. Por isso, em sua avaliação, a tetracampeã mundial é favorita ao título.

Os dois concordam que a seleção de Portugal depende muito do craque Cristiano Ronaldo. André Rocha vê o possível desgaste do atacante no final da temporada como um fator negativo para os atuais campeões europeus. "O problema é que o nível dos coadjuvantes está muito distante", aponta Piperno.

Chile e México são seleções cuja experiência pode fazer a diferença em um torneio como este, segundo os analistas consultados pela Pravda.Ru.

A Rússia, por ser anfitriã, deverá disputar com o México uma vaga nas semifinais, de acordo com Rocha. Piperno tem expectativa e curiosidade acerca da tentativa de renovação da equipe, que caiu de desempenho conforme o tempo passou para a geração dos irmãos Berezutski e de Akinfeev -- o qual não considera um goleiro de alto nível, ainda mais comparado a Yashin ou Dassaev, dois dos maiores goleiros da história do futebol, que vestiram a camisa da URSS.

"Por conta de todas essas peculiaridades e incógnitas, e também pela ausência do Brasil, esta edição não tem favorito", sentencia André Rocha. Mas acredita que Alemanha, Portugal e Chile estarão nas semifinais, e a outra vaga ficará entre Rússia e México.

Piperno está animado para o que a Rússia irá apresentar em termos de organização do evento. Segundo ele, a Copa das Confederações será uma amostra do que veremos no Mundial do ano que vem.

"A Rússia é um país espetacular e acostumado a sediar grandes eventos esportivos", comenta. "Espero muita criatividade de um povo que um dia foi capaz de apresentar ao mundo o urso Misha! Os russos saberão encantar, tenho a certeza."

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey