Assessoria de imprensa da seleção uruguaia de futebol – Matías Faral – acima da asa do avião

Sobrevoando os três decênios, o jornalista esportivo e Licenciado em Comunicação Matías Faral virou responsável pela assessoria de imprensa das Seleções Uruguaias masculinas de Futebol a partir do primeiro jogo rumo á África do Sul 2010 perante a Bolívia em Montevidéu. Ganhou experiência nas Taças do Mundo Sub-17 na Nigéria e Sub-20 no Egito mas o melhor está aí pertinho e Kimberley fica no aguardo dele e da «Celeste dos milagres».

PRAVDA: Quando deu início seu roteiro envolvido com a Associação Uruguaia de Futebol e nas Seleções Juvenis? Compartilhe seu CV?

FARAL: Completei 29 anos. Nasci o dia 09 de Março de 1981. Acabei formando-me Licenciado em Ciências da Comunicação na Universidade da República. Além disso sou solteiro. Os meus inícios na Associação Uruguaia de Futebol foram em 2002 ficando como responsável da comunicação e divulgação das atividades da 2a Divisão Profissional junto com alguns colegas da Faculdade que chegáramos até ter o nosso próprio veículo de divulgação, um jornalzinho conhecido como «Eventos Esportivos» que era distribuído nos jogos. Como parceiro do jornal nesse objetivo de divulgar a 2a Divisão tivéramos um programa semanal de rádio na Sport 890 de Montevidéu e conseguíramos montar matérias para o jornal «Últimas Noticias». Foi aí que veio o contato com a Mesa Executiva da 2a Divisão do futebol uruguaio, que nessa época o Presidente era o senhor Ovídio Cabal, completando a turma, Fernando Suárez e Mario Rava. Foram eles quem jogaram uma proposta acima da mesa, me oferecendo ficar umas duas ou três vezes a cada semana na AUF divulgando tudo quanto ia acontecendo na 2a Divisão. O tempo foi transcorrendo e continuei ganhando experiência no setor administrativo, sempre envolvido com a 2a Divisão até ficar no decorrer de dois anos.

Em 2005, tive a chance dentro da própria AUF de ficar no Setor Administrativo, logo mexendo com Juvenis, logo veio Tesouraria junto com o senhor Ruben González no eixo de ano e meio e assim que a AUF ficou sem Secretário de Imprensa e quase na hora que eu estava bem pertinho de me formar nesse negócio das Comunicações e Imprensa, acho que pela experiência ganha nesse período como jornalista acabei sendo veículo de divulgação das novidades, encaminhando informações para os meios de imprensa. Até essa data ainda não tinha ganho o cargo de Secretário de Imprensa. De jeito específico como a AUF não tinha o cargo de Secretário, o Executivo da época pediu para mim que desse uma ajuda nessa área de divulgação das informações surgidas na Associação e como a minha base de dados dos contatos de meios de imprensa era boa, acabei encaminhando para todos eles. Foi também em 2005 que acabou surgindo o site da AUF na net e fiquei com a responsabilidade de inserir tudo quanto ia ocorrendo sempre envolvido com a AUF nesse tal site. Logo mudou. Em 2007, quase na hora do início da Classificatória rumo á África do Sul 2010, após a Copa América, o treinador da seleção, Washington Tabárez pediu para a Diretoria Executivo da AUF que nesse instante tinha o advogado José Luis Corbo como Presidente, que ia precisar uma pessoa responsável da imprensa das seleções uruguaias no decorrer da Classificatória, sendo importante para ele que essa pessoa não tivesse atividade nenhuma nos meios de imprensa, no mínimo esportivos. Foi então que a Diretoria da AUF me candidatou levando em consideração que estava perto de conseguir o título de Licenciado em Comunicação, e assim que eles me ofereceram esse cargo, do meu lado, foi aceite pois estava extremamente envolvido com a carreira que acabei estudando além de um grandíssimo desafio. Regredindo no tempo, minha estréia como responsável da imprensa da seleção uruguaia foi no primeiro jogo pela Classificatória – África do Sul 2010, na vitória uruguaia perante a Bolívia de 5 x 0. Daqui a poucos dias temos a Taça do Mundo e vou tentar continuar com esta a minha tarefa nesse evento. Eis aí o meu histórico !!!

P: Sempre como «imprensa» da AUF já participou das Taças do Mundo Juniores Sub – 17 na Nigéria e Sub – 20 no Egito sendo alvo das camarinhas da tevê inúmeras oportunidades no plantão do lado dos treinadores. O que pode refletir quanto ao assunto?

FARAL: Tive o privilégio de participar das duas Taças do Mundo Juniores tendo ganho uma grande experiência, pode ter certeza disso pois já da para começar avaliar ao vivo e as cores tudo quanto acontece com a organização dos eventos e fora que tratam-se de torneios de porte menor quanto á Taça do Mundo de Adultos da para conhecer como é que a FIFA organiza os eventos, como é que a entidade trabalha com a imprensa e fora que nesses eventos e até na própria AUF mexo com a imprensa e na tarefa administrativa, acredito que foi muito interessante e tirei benefício profissional quanto tem a ver com experiência nesses eventos juniores que vou tentar refletir daqui a poucos dias na África do Sul.

Fica muito claro que África do Sul não é brincadeira, trata-se de um evento maiúsculo, tarefas diferentes, bem mais quantidade de...desde o instante que Uruguai carimbou o passaporte para o Mundial temos recebido um bocado de pedidos de informações de imprensa, atividades diferentes com os meios de imprensa que não tínhamos no resto das Taças do Mundo...uma turma da tevê da FIFA vai acompanhar cada uma das delegações. No caso dos Mundiais Juniores, assim que os jogos acabaram houve apenas uma «rodada de imprensa» , agora na África do Sul, vamos ter muitas atividades e nem só rodadas de imprensa. Da para imaginar que vamos ter muitos jornalistas e repórteres do lado das seleções que no caso das Taças do Mundo Juniores, porém a tarefa vai ser bem mais complicada mas tudo bem, voltando no alvo da tua pergunta, as duas Taças do Mundo Juniores nas quais participei foram muito importantes para mim no segmento da experiência. Foi ensino puro e com certeza mostraram uma realidade que vai ser muito interessante debruçando no próximo Mundial.

P: Agora tem África do Sul na frente. Chegou á cimeira?

FARAL: Acho que participar de uma Taça do Mundo para alguém que adora futebol, e de jeito específico para um uruguaio é super importante. Sendo criança imaginei sempre participar de uma Copa do Mundo mas juro que nunca tivesse imaginado ser parte de uma turma, de uma delegação no convívio diário com os destaques. Meu sentimento é de privilégio e grandíssimo orgulho e de mão dadas com uma grande responsabilidade que soube desde o instante que tenho aceite esta proposta, que seguro ainda hoje e me impulsiona para trabalhar bem mais ainda sem mudar de faixa e me focando naquilo que é minha absoluta responsabilidade. Embora ter muita responsabilidade, vou tentar gozar desse evento maravilhoso pois desde moleque fiquei apaixonado pelas Taças Do Mundo, imaginando-as de jeito intenso. Minha vida toda fiquei assistindo jogos de futebol na tevê seja qual foi a partida e ficando á par de tudo quanto ia ocorrendo nas Copas do Mundo. Estou feliz e tanto pela chance que vou ter de curtir um evento desse tamanho. Após África do Sul 2010, quem sabe o que vai se colocar na minha frente logo. Anseio continuar desenvolvendo esta gestão do lado da Seleção Uruguaia que é motivo de orgulho para mim

P: Cómo imagina a Sexta 11 de Junho na estréia da Copa do Mundo e uruguaia perante a França? E o Domingo 11 de Julho, o dia da Final?

FARAL: (sorridente) O Dia 11 de Junho é uma data que faz muitos anos o mundo todo sabia que ia acontecer a estréia da Copa do Mundo. Aliás, não tivéssemos imaginando que Uruguai ia ser parte dessa festa o primeiro dia, na estréia mesmo do torneio, o sorteio falou mais alto. Posso imaginar...Nossa, não posso imaginar nada!! O que pode acontecer nesse primeiro jogo da seleção. São instantes únicos, que não podem ser xerocados e que só vou ter condições de falar do assunto assim que tivesse acontecido esse instante, na prévia não da para falar nada. Qual poderia ser o meu sentimento nessa hora, se a nossas peles vão arrepiar ou não, vamos devagar...logo a gente conversa. O único que a gente sabe é que todos nós vamos torcer para que o Uruguai conquiste a vitória e começar o Mundial de alto astral.

O Domingo 11 de Julho, ninguém sabe o que poderia acontecer. De coração, anseio e sonho que Uruguai consiga atingir esse grande alvo da Final do Mundo. Isso aí é tão óbvio quanto difícil pois temos as melhores seleções do mundo inteiro concorrendo conosco. Na prévia, a ilusão de imaginar a seleção uruguaia na Final do Mundo ninguém vai tirar da minha cabeça. Tomara a tevê foque as camisas celestes no gramado nesse dia.

P: O que acaba envolvendo a tua tarefa profissional na seleção uruguaia? Caso houver um jogador simplesmente machucado ou com lesão grave, levando em consideração que pode influenciar a táctica rival, não divulga deixando que isso fique por conta do treinador?

FARAL: Minha função é ser o veículo entre a equipe dos treinadores, os jogadores, a seleção e os meios de imprensa. Eu vou repassar para os meios de imprensa tudo aquilo que de para compartilhar com eles. Tem informações que numa «Hora H» a equipe dos treinadores acham que não temos que divulgar e eles entram em contato comigo colocando-me á par do assunto. Não vou compartilhar informações com ninguém caso os responsáveis não me autorizem. Disso pode ter certeza absoluta. Todo tipo de informações que chegam nas minhas mãos, aos poucos estou verificando como a equipe dos treinadores tentando saber se da para divulgar. Os treinos, caso forem abertos para a imprensa ficar do lado da quadra, ou proibidos para eles assistirem é resolvido por eles. No meu caso, sou quem veiculiza as informações com a imprensa, o contato. Da para entender? O que está querendo ser divulgado e como são as estratégias para isso, é a equipe dos treinadores que decide. Não participo e vou te confirmar mais uma vez que nunca vou divulgar um fato que eu ache importante pois não faz parte da minha tarefa.

P: A imprensa uruguaia vai ter privilégios quanto ao tratamento, do jeito que acontece com outras seleções? Quer dizer...rodadas de imprensa só para os meios uruguaios?

FARAL: Vamos ver. Primeiro vamos ter que encontrar qual é a realidade na hora de chegar lá na África do Sul. Quantos meios de imprensa vamos ter contornando a nossa seleção e dando cobertura de tudo quanto vai acontecer no dia-a-dia. Ainda não sabemos quantos repórteres estrangeiros vamos ter conosco nas redondezas da concentração. Achamos que vamos ter muitos pois um dos nossos rivais é o anfitrião, além da França e o México que são potências financeiras do mundo com meios de imprensa muito importantes que nesses caso temos certeza que vão enviar na Taça do Mundo, fora que até agora a gente desconhece quantos vão encaminhar para Kimberley e só nesseinstante vamos resolver como vamos organizar a nossa tarefa. Acho que não vamos mudar o estilo de trabalho que temos montado no Complexo Esportivo «Uruguai Celeste» que é a nossa «residência» no Uruguai. Haverão rodadas de imprensa, reportagens cara a cara. Quanto aos jornalistas uruguaios que acompanhem a seleção uruguaia até Kimberley que é a nossa concentração, vão ter contato diário.

P: Muitas pessoas que não conhecem o treinador Washington Tabárez falam que parece mesmo um cara-fechada e sério até demais. É desse jeito assim na concentração?

FARAL: O treinador Tabárez é uma pessoa séria e extremamente respeitosa. Aliás, trata-se de uma pessoa que tem contribuído muito comigo na hora de desenvolver a minha função e dentro das suas pertences, possui uma grandíssima experiência pois faz muitos anos que trabalha neste ambiente. Ele já conhece o sentimento de participar de uma Classificatória e um Mundial, pois foi o treinador uruguaio na Itália 1990 e não são muitos os treinadores privilegiados em participar de duas Copas do Mundo. Saiba que para mim é um grande privilégio desenvolver a minha tarefa do lado dele. Logo após, orgulhoso pois satisfiz os pedidos do Tabárez. Ele ficou satisfeito com a minha tarefa. Muitos têm falado assim do jeito que você acabou de perguntar, que o Tabárez parece mesmo uma pessoa séria e até cara-fechada. Ás vezes em algumas rodadas de imprensa ou reportagens daria para tirar essa conclusão, quem sabe, incomodado com alguma pergunta específica mas posso acreditar que trata-se de uma pessoa de alto astral e bom senso fora que tirei sorriso inúmeras oportunidades com comentários dele. O meu relacionamento com ele é ótimo e posso acrescentar que com certeza não vou esquecer jamais do jeito que ele agiu comigo, foi uma pessoa muito importante para que eu reforçasse minha gestão valorizando minha tarefa sempre. Percebo que sou uma pessoa ainda nova, no início sem experiência no segmento de trabalho que estou desenvolvendo , tendo muitos jornalistas com muitos anos neste negócio que conhecem muitas situações. Por enquanto, ele conseguiu que eu trabalhasse tranqüilo, me apoiando nos instantes que eu precisei, porém valorizo demais tudo quanto ele confiou na gente. Ficar do lado dele foi ensino permanente para mim e agradeço tudo quanto ele fiz para que eu evoluísse nesta tarefa.

P: Alguns jogadores são mais velhos que você. Poderiam ter sido heróis futebolísticos no passado e agora compartilham uma turma na seleção contigo. Concretizou amizade com alguns deles ou seu posicionamento professional o impede?

FARAL: Mais velhos do que eu não sou muitos, tem poucos. Sebastián Abreu, Diego Lugano alguns meses, o «Russo» Diego Pérez tal vez, Diego Forlán ano e tanto eu acho. Quanto tem a ver como o meu relacionamento com eles foi sempre e continua sendo ótima, muito bom. Não temos amizade pois acho que o nosso contato pessoal não é permanente. Compartilho uma semana com eles e após a despedida, o nosso próximo encontro acontece quatro meses depois. Trata-se de um relacionamento legal e profissional normal, que não envolve amizade mas pode ter certeza que é ótimo. Amigo deles não sou pois o meu contato não é constante. Nesta seleção com um jogador que o relacionamento é ótimo mesmo é com o Nicolás Lodeiro pois o convívio na seleção Sub–20 ocorreu no decorrer de muito tempo, no Sul-Americano e no Mundial além de um roteiro feito com a turma pela Espanha e Itália e mais algum jogo de confraternização e isso fez que o relacionamento for aprimorando-se. No caso da seleção adulta temos viajado dois ou três dias juntos nesta Classificatória e cada um para o seu lado. Com o Nicolás o relacionamento é bem melhor mas sustenta-se no convívio diário no decorrer de muitos tempo na Sub-20 em vários torneios ano retrasado.

P: Acha que a turma está forte para concretizar coisas importantes na África do Sul 2010?

FARAL: Será que tenho condições para confirmar que a seleção uruguaia pode atingir alvos importantes no Mundial? Percebo no ar que a turma é sólida e unida. O ambiente é muito bom. Não tenho como comparar esta turma com uma outra pois não participei dos outros processos no passado. Meu início foi nesta Classificatória e o treinador e turma técnica é a mesma mas sem dúvida posso te confirmar que trata-se de uma delegação muito boa. Desde a minha beira, confirmo que montou-se uma turma muito forte.

P: Sebastián Abreu é o mais brincalhão de todos? Tem pessoal cara-fechada?

FARAL: São vários, não é privilégio dele só. Abreu é um mas o Jorge Fucile também é brincalhão fora que parece tímido mas não é!! Pessoal cara-fechada...tem jogadores tímidos que poderiam refletir imagem séria e acho que o «Russo» Pérez é um integrante desse time; temos relacionamento legal!! Fica claro que o «Russo» não destaca-se como brincalhão. Estava esquecendo, o Walter Gargano é um dos mais brincalhões, o Luis Suárez ás vezes.

P: Tem ganho camisas dos clubes que eles fazem parte?

FARAL: Camisas dos clubes não...não peço camisas para eles. Também não poupo camisas como lembrança. Nunca pedi para eles me presentearam com uma camisa. Não é um assunto que não seja de meu interesse mas não levo em consideração.

P: Quanto ao material de divulgação para o jornalismo internacional que vão carregar até África do Sul? Quantas pastas? Qual é o conteúdo?

FARAL: Levamos uma revista, apresentando cada umdos jogadores e da turma técnica, um histórico importante que o jornalista Atilio Garrido montou com a história do futebol uruguaio, das quatro Taças do Mundo conquistadas, tudo isso vai ser nosso crachá perante a imprensa e o mundo.

P: Quanto pode contribuir na turma o convívio com o ponta-direito que marcou o segundo gol na final do Maracanaço 1950, Alcides Edgardo Ghiggia? Ele é um dos convidados na concentração do Protea Hotel?

FARAL: Ele vai ser mais um nessa concentração em Kimberley fora que vai viajar dois dias depois que a seleção uruguaia pois a FIFA organizou uma homenagem para ele. Não me lembro muito bem mas está viajando para Johanesburgo ou Cidade do Cabo para receber essa homenagem. Por enquanto vai sair dois dias depois com o Presidente da AUF, Sebastián Bauzá, o Presidente do Club Nacional de Football, Ricardo Alarcón, Juan Pedro Damiani, Presidente do Peñarol e após o primeiro jogo vai ser mais um na concentração em Kimberley. Para mim é motivo de honra e orgulho ter esse privilégio de compartilhar uma concentração com uma pessoa que é tão importante para o futebol uruguaio sendo que fica difícil que um outro jogador consiga furar as malhas do jeito e o instante que ele a conquistou. Hoje a montagem de uma Copa de Mundo não tem nada a ver com aquela do ano 1950, e o conteúdo desse gol para Uruguai de forma específica. Grandíssimo orgulho para mim compartilhar com ele o dia-a-dia num evento mundial!! Não sei como pode refletir na turma mas tenho quase certeza que também é orgulho para todos eles.

P: Pode compartilhar o roteiro da seleção no avião desde o Aeroporto de Carrasco até Kimberley? Escalas?

FARAL: Com certeza. Na Sexta 4 de Junho ás 19 h vamos decolar desde Carrasco. Hoje, Terça 01 de Junho o Dr. Eduardo Belza (ex – goleiro canhoto do time Peñarol no decênio de 1970) acabou de viajar para se instalar na concentração em Kimberley e aprimorar tudo de olho na chegada da seleção. Então, nesta Sexta, ás oito da noite está viajando a delegação toda num vôo charter com escala em Johanesburgo pegando logo mais um vôo até Kimberley. Sábado 05 de Junho, no eixo de meio-dia acho que vamos fazer pouso em Kimberley. Aí vamos ficar até o dia 10 de Junho que viajamos até Cidade do Cabo para jogar a primeira partida, fazendo treino oficial e nos hospedando num hotel da cidade até dia seguinte que temos o jogo da estréia.

P: Uma última pergunta. Sabe que Uruguai ficou com a quarta vaga no México 1970 e o povo uruguaio não valorizou aquela conquista. Como imagina o povo caso Uruguai conquistar após 40 anos uma quarta vaga numa Copa do Mundo?

FARAL: Não lembro aquela participação uruguaia no México 1970 pois não tinha nascido. Concordo contigo que foi assim desse jeito que você está falando, pois tenho lido desse assunto e ouvindo comentários dos futebolistas dessa época A razão talvez tivesse acontecido porque apenas 20 anos atrás Uruguai tinha conquistado a Copa do Mundo, e acho que uma quarta vaga não foi motivo de comemoração nenhuma. É difícil chutar pois não vivi aquele evento. Posso te dizer que hoje passaram 40 anos daquela Semis e logo não participou sequer com relativo sucesso. Porém a realidade hoje é bem diferente que faz quatro decênios. Os resultados falam mais alto. Um exemplo. Caso Brasil conquistar essa famosa quarta vaga na África do Sul 2010, quase com certeza o povo brasileiro não vai receber a seleção com foguetes. Isso poderia acontecer pois nas últimas Copas do Mundo, Brasil, atingiu a Final, ás vezes conquistou, ás vezes perdeu mas sempre ficou aí perto do caneco. Uruguai faz muitos anos que não é destaque numa Copa do Mundo e daria para imaginar que caso Uruguai atingisse as Semis, o povo ia ficar no mínimo satisfeito.

P: Agora pode compartilhar aquilo que não tivesse perguntado e acha importante para os nossos leitores.

FARAL: Quanto ao conteúdo das perguntas acho que você abraçou quase tudo mas estou querendo fazer um comentário. Preciso agradecer aos meus colegas da Gerencia Esportiva da AUF, senhores Miguel Neira, Eduardo Belza, Álvaro Núñez, pois trata-se de uma tarefa feita por um time e trabalhamos num ambiente confortável todos juntos. Mais um agradecimento aos jornalistas que respeitaram sempre a nossa tarefa no decorrer da Classificatória, a turma técnica e todos os jogadores que passaram. Os melhores desejos para os jogadores e tomara que tudo der certinho na próxima Copa do Mundo.

P: Quantos uruguaios vão se hospedar no Protea Hotel junto com a delegação?

FARAL: Uruguaio pois o Protea foi reservado para a nossa delegação só.

P: Os três últimos jogadores que ficaram fora da turma do Mundial, Sábado 31 de Maio, mesmo nessa condição, vão viajar com a delegação?

FARAL: Acho que não. Obrigado e fico ao dispor.

De olho nos jornalistas esportivos que mergulhem no PRAVDA nos próximos dias , achamos importante compartilhar alguns sites de interesse vindos dos cartões pessoais do pessoal de Kimberley que visitou o Museu do Futebol no Estádio Centenario de Montevidéu faz alguns dias apresentando Kimberley e os pontos turísticos de maior interesse.

GOVERNO ESTADUAL DE CABO DO NORTE

www.ncpg.gov.za

Senhora Hazel Jenkins - Premier

PROTEA HOTEL KIMBERLEY

www.proteahotels.com/kimberley

Contatos: Jaco Kruger - Diretor Gerente e Madrie Coetzee – Coordenadora de eventos

ASSOCIAÇÃO URUGUAIA DE FUTEBOL

E-mail: [email protected]

www.auf.org.uy

Gustavo Espiñeira

Correspondente PRAVDA.ru

Montevidéu – Uruguai

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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