Holanda 3 Itália 0

Berna: Holanda fez os estragos na primeira parte, com golos por Ruud van Nistelrooy aos 25’ e Wesley Schnejder aos 31’, capitalizando em mais um contra-ataque letal aos 78’ (van Bronckhorst). Itália apresentou uma equipa surpreendentemente desorganizada, especialmente na defesa, onde concedeu grandes espaços para o adversário.

O motor da Holanda demorou dez minutos a afinar, mas uma vez em velocidade de cruzeiro, nunca mais olhou para trás. Aos 10’, um remate de Schnejder foi agarrado por Gianluigi Buffon na baliza italiana, lance que foi respondido pelos azzurri com um ataque que culminou no isolamento de Luca Toni frente à baliza de Edwin van der Sar, mas cabeceou por cima.

Buffon teve de intervir outra vez aos 14’ e 17’ (remates de Nistelrooy) e aos 23’, Marco Materazzi salvou a Itália, interceptando a bola a dois metros da linha antes que o Nistelrooy conseguiu fazer estragos. Aos 25’, 1-0. Buffon bloqueou a bola, mas ficou aos pés de Schnejder, que passou a Nistelrooy, em posição de fora de jogo…mas o árbitro não viu.

Aos 30’, Itália viu uma bola defendida na linha de golo pelo defesa holandês van Bronckhorst. A bola ficou com Holanda, que desferiu um contra-ataque mortífero. Van Bronckhorst levou a bola pela ala esquerda, cruzou para Dirk Kuyt na direita, que por sua vez centrou para Schneider no centro. Três toques, um golo. 2-0.

Itália tentou reagir. Aos 33’, António di Natale rematou ao guarda-redes holandês e aos 40’, uma falta de compreensão entre Mauro Camoranesi e Luca Toni fez com que uma posição perigosíssima fosse perdida. Na outra baliza, Buffon provou a razão porque se chama o melhor guarda-redes do mundo por alguns, bloqueando um remate certeiro de Nistelrooy. A primeira parte terminou com um remate por cima por Di Natale.

Se a primeira parte pertenceu à Holanda, a segunda pertenceu à Itália, que encontrou à sua frente uma massa imóvel, van der Sar. A equipa transalpina deu logo mostras das suas intenções, quando aos 46’, um canto de Pirlo encontrou Panucci, que cabeceou ligeiramente ao lado. Aos 53’, Zambrotta fez um remate ligeiramente ao lado depois de bom trabalho na área. Aos 63’, o livre de Andrea Pirlo saiu centímetros ao lado do poste. Alessandro del Piero substituiu di Natale e logo a seguir e aos 65’, obrigou van der Sar a fazer uma defesa brilhante. Quatro minutos mais tarde, del Piero rematou ao lado.

Itália atacava, Holanda esperava pelo contra-ataque. Como se fosse um ensaio, respondeu com um remate à figura de Buffon por Engelaar aos 76’, um momento de grande perigo no minuto anterior – Luka Toni estava frente à baliza com van der Sar à frente…e conseguiu colocar a bola por cima da barra.

Itália respondeu ao ataque de Engelaar no minuto seguinte, 77’, desta vez Fábio Grosso conseguiu não marcar de cinco metros, repetindo o lance do médio holandês e chutando à figura do guarda-redes. Aos 78’, Van der Sar fez uma defesa brilhante do remate de ponta-pé livre de Pirlo.

E o ensaio deu fruto. Lá estava Holanda outra vez com um contra-ataque relâmpago. Van Bronckhorst saiu, jogando a tabelinha com Kuyt, (outra vez este duo) que deu o passe de morte para o terceiro golo. Van Bronckhorst enterrou a bola na rede. 3-0.

Dois minutos mais tarde, outro contra-ataque, culminando num remate centímetros por cima de Ibrahim Afellay.

Itália procurou o golo de honra, mas não veio. Foi a primeira derrota pela Holanda em 30 anos. Noutro dia, o resultado poderia não ter sido tão expressivo mas não restam dúvidas de que a Holanda é uma equipa poderosa e bem organizada, coisa que Itália não mostrou, principalmente na defesa trapalhona.

Aleksei FEDEROV

PRAVDA.Ru

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey