Cristiano Ronaldo é o novo fenómeno do futebol. É a opinião de boa parte de jogadores, treinadores e dirigentes europeus. Ele também se chama Ronaldo, mas não é o Nazário - e não é brasileiro. Cristiano Ronaldo, nascido na Ilha da Madeira há 23 anos, vem fazendo tudo o que o torcedor de seu time poderia pedir: gols, dribles, passes, escreve o Estado de São Paulo.
Não por acaso, tornou-se o maior ídolo do atual elenco do Manchester United, líder do Campeonato Inglês e forte candidato ao título da Copa dos Campeões. Anteontem, fez os dois da vitória sobre o Bolton por 2 a 0 e atingiu a marca de 33 gols , em 37 jogos, desde agosto, superando o lendário George Best como maior goleador da equipe em uma temporada. Best, o principal nome de todos os tempos do Manchester, anotou 32 em 1967/68.
Ele é fenomenal, declara o veterano Alex Ferguson, seu treinador. É o responsável por fazer do Manchester o favorito em todas as competições que disputa. E por garantir a Portugal, de Luiz Felipe Scolari, boas chances de conquistar o inédito título da Eurocopa, em junho, na Suíça e na Áustria.
Há três meses, foi eleito terceiro melhor jogador de 2007, atrás de Kaká e Messi. Muitos acreditam que só não roubou do brasileiro o primeiro lugar por ter perdido, na semifinal, a Copa dos Campeões - seu algoz foi justamente o Milan, de Kaká. É um gênio da bola, ele é certamente o melhor do mundo hoje, diz Gary Megson, técnico do Bolton, que o viu arrasar sua equipe anteontem, no Campeonato Inglês.
Franz Beckenbauer aponta Ronaldo como um espetacular jogador. O astro alemão afirmou ao Estado, em dezembro, na festa da Fifa, em Zurique, na Suíça, que o português é até mais brilhante e mais habilidoso do que Kaká. Mas Kaká ganhou pela eficiência e pelos títulos.
Felipão não deu bola, na ocasião, para eventual repercussão negativa no Brasil e criticou a vitória do meia do Milan, atleta que foi pela primeira vez para uma Copa do Mundo sob seu comando, em 2002. Não tenho dúvidas de que Cristiano Ronaldo merecia ter sido o primeiro.
Só uma inesperada reviravolta vai tirar o meia-atacante português do topo em 2008, embora o ano esteja apenas começando. Seus mais fortes concorrentes não vivem bom momento e sofrem com lesões. É o caso de Kaká e Messi. É magnífico o que Cristiano faz em campo, muita gente vai ao estádio só para vê-lo, comenta Ferguson. Atualmente não há ninguém no futebol que possa fazer mais do que ele.
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