Sevilha foi mais forte no duelo espanhol

O Sevilha foi mais forte no duelo espanhol de Hampden Park (Escócia) e levantou, pelo segundo ano consecutivo, a Taça UEFA. Vitória sofrida ,alcançada no desempate através de grandes penalidades (3-1, após 2-2 no final do prolongamento).

Dois contra-ataques, dois golos e pouco futebol. É este o melhor resumo da primeira parte no Hampden Park de Glasgow. Sevilha e, sobretudo, o Espanhol não quiseram arriscar em demasia, procurando apenas o erro do adversário, pelo que em 45 minutos foram escassas as oportunidades de golo.

O primeiro golo, à passagem dos 18 minutos, animou um pouco o jogo, até então bastante sonolento, mas controlado pelo Sevilha. O guardião Palop, com a mão, lançou o extremo Adriano e este só parou na cara de Iraizoz, desviando a bola do guarda-redes e fazendo o 1-0. O tento do empate, dez minutos volvidos, foi idêntico, com Rieira, depois de percorrer a ala esquerda, a fuzilar Palop à entrada da área.

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Apesar do empate justo ao intervalo, o Sevilha, contudo, controlou a partida e mostrou que tinha mais homens capazes de desequilibrar as operações e criar real perigo. Por sua vez, o Espanhol, com De La Peña a passar despercebido durante a primeira metade, procurava a sua sorte nos contra-ataques.

No etapa complementar, a dinâmica do jogo foi totalmente diferente daquela da primeira parte, sobretudo até aos 65 minutos. O Espanhol entrou totalmente transfigurado e poderia mesmo ter marcado dois golos nos primeiros 15 minutos. Não fossem as excelentes tiradas de Palop a remates de Tamudo (55') e Riera (57'), o Sevilha poderia ter mesmo visto fugir a Taça UEFA.

Contudo, aos 65' tudo mudou, com a expulsão (justa) de Moises - segundo amarelo. E o filme da primeira parte repetia-se: Sevilha a controlar mais e o Espanhol, com 10, a espreitar o contra-ataque.
E depois de Palop, chegava a vez de Iraizoz (ele que foi também o responsável pelo empate do Espanhol no estádio da Luz, frente ao Benfica) brilhar. Primeiro aos 77', após remate de Kerzhakov, e depois ao impedir a vitória do Sevilha antes do prolongamento, ao não permitir o cabeceamento vitorioso de Kanoute (82').

O resultado não se alteraria e chegava mesmo o prolongamento. O Sevilha aumentava a pressão sobre o Espanhol e o inevitável golo acabou por aparecer aos 105' por intermédio do maliano Kanoute. Mas a cinco minutos do final um potente remate de Jonatas colocava tudo de novo empatado e a decisão acabou por ir para os penáltis. Aqui a sorte sorriu à equipa que mais merecia, o Sevilha. 

A decisão foi, então, para a lotaria das grandes penalidades, na qual o Sevilha mostrou-se mais eficaz, contando ainda com o guarda-redes Palop em grande plano (defendeu três remates).

Com arbitragem de Massimo Busacca (Suíça), as equipas alinharam:

ESPANHOL – Gorka; Zabaleta, Jarque, Torrejón e David García; Moisés Hurtado, De la Peña (Jonatas, 86 m), Rufete (Pandiani, 56 m) e Riera; Tamudo (Lacruz, 73 m)e Luis García.

SEVILHA – Palop; Dani Alves, Dragutinovic, Javi Navarro e Puerta; Poulsen, Maresca (Navas, 46 m), Martí e Adriano (Renato, 76 m); Luís Fabiano (Kerzhakov, 64 m) e Kanouté.

Disciplina: cartão amarelo a Moisés (13 e 68 m), Luís Fabiano (62 m), Kanouté (81 m); cartão vermelho por acumulação a Moisés (68 m).

Marcador: 0-1 por Adriano (18 m); 1-1 por Riera (28 m); no prolongamento: 1-2 por Kanouté (105 m); 2-2 por Jonatas (115 m).

No desempate por grandes penalidades: Kanouté marcou para o Sevilha (0-1); Luís Garcia falhou (0-1); Dragutinovic marcou (0-2); Pandiani marcou (1-2); Daniel Alves falhou (1-2); Jonatas falhou (1-2); Puerta marcou (1-3); Torrejon falhou (1-3).

 Fonte Diário de Notícias

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Author`s name Lulko Luba
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