Um piloto português de 14 anos que mora na Bélgica terá que abdicar da nacionalidade portuguesa para prosseguir a carreira e obter uma licença de automobilismo para participar, ainda este ano, do Campeonato Fórmula Renault (FR) 1.600.
Duarte Ferreira, piloto de Karting desde os oito anos e vice-campeão na Bélgica, foi escolhido pela Renault para fazer parte da equipa da empresa e inicia este ano a sua participação na FR.
O campeonato na Bélgica começou no último final de semana, mas Ferreira ficou no grid de largada porque a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) lhe negou uma licença de automobilismo.
"Como Duarte nasceu em Portugal e tem nacionalidade portuguesa é necessária uma autorização da FPAK para participar nas provas, a qual lhe foi negada", disse à Agência Lusa o pai do piloto, Antônio Ferreira, emigrante na Bélgica.
A licença não foi concedida porque em Portugal só é permitido ser piloto de automóveis a partir dos 16 anos, embora existam exceções, explicou o pai de Duarte Ferreira.
Antônio Ferreira disse ainda que, em Portugal, o filho é o piloto mais novo, mas internacionalmente há jovens de 14 anos participando de provas.
"Não consegue obter licença portuguesa, por isso é obrigado a mudar de nacionalidade. É triste. Duarte não queria optar pela nacionalidade belga. A nossa base é portuguesa", afirmou, lamentando que a FPAK tenha sugerido essa mudança para que prosseguisse na carreira, uma vez que na Bélgica é possível ser piloto de automóveis com 14 anos.
Mesmo sem licença, a Renault inscreveu Duarte no campeonato belga e deu ao piloto um carro com a bandeira portuguesa, pois tem corrido na qualidade de piloto português emprestado à Bélgica.
Contatado pela Agência Lusa, o diretor técnico e esportivo da FPAK, Nuno Vilarinho, disse que "nos termos do regulamento de emissões de licenças desportivas apenas com 16 anos e experiência prévia no kart, se pode obter uma licença de automobilismo".
Fonte Lusa
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