Portugal reconhece Kosovo e entra no clube dos forasteiros da lei internacional

Portugal se junta à lista de países que desrespeita por completo a lei internacional, se rasteja aos pés do seu amo e mestre, os Estados Unidos da América, segue de forma servil e covarde os ditados de Washington, sem espinha, sem carácter. Talvez agora Portugal quererá ver apoio internacional a movimentos de independência no seu território? O seu governo queria ver Guimarães integrado na Espanha? Kosovo é o berço da nação da Sérvia, é sérvio e sempre será. O “reconhecimento” de Portugal não altera nada.

A decisão de reconhecer a “independência” de Kosovo foi anunciada ontem pelo governo português. Em fim, Lisboa finalmente mostra a cor dos dentes, juntando-se de forma covarde ao clique de sicofantas de Washington, desrespeitando a lei internacional, desrespeitando cada fibra das normas de diplomacia em vigor desde 1648 (Westfália) que zelam pelo reconhecimento das fronteiras internacionalmente aceites, reiterado em Helsínquia e pela ONU desde há décadas.

Ao reconhecer a “independência” de Kosovo, Portugal demonstra que ou desconhece por completo as normas do direito internacional, ou então conhece mas finge não reconhecer, preferindo vergar-se aos pés de Washington, ser pisado, entrar na cama e levar com toda a força.

Não existe qualquer documento em qualquer parte que determine o direito à Independência de Kosovo, onde terroristas albaneses do UCK montaram actos de provocação e de assassínio contra civis sérvios. Reconhecer a independência de Kosovo é dar o aval a estes terroristas, é dar uma palmadinha nas costas do terrorismo e é admitir que, afinal, a lei existe para ser quebrada.

O “reconhecimento” de Portugal não torna Kosovo num país mas torna Portugal, sim, membro do grupo de estados párias que doravante, não terão qualquer direito de pronunciar-se em qualquer assunto que fosse relacionado com o estado da lei, porque o quebrou. O “reconhecimento” de Kosovo é igual ao “reconhecimento” ao direito de vender parcelas de Saturno do louco que vive debaixo da ponte.

A tal nível vil, baixo e nojento acabou de descer a diplomacia portuguesa. Que vergonha!

Timothy BANCROFT-HINCHEY

PRAVDA.Ru

Director e Chefe de Redacção

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