Apenas Revolução Comunista Pode Salvar o Brasil

Os candidatos da "democracia representativa" apoiam-se tanto na ingenuidade de alguns quanto, as infinitas demagogias do Partido dos Trabalhadores a fim de alterar o status quo
 
 Jose Genoíno disse dias atrás que deve-se radicalizar a luta (qual luta?), nas ruas e no Congresso. Tal afirmação e tão correta quanto traz um problema em seu bojo: a possibilidade da dita "esquerda" tupiniquim que aí está, predominante em nosso cenário político e social, comecar a agir.
 
Essa mesma "esquerda", recorde-se, garantiu no início de 2016, debaixo de risos e artigos deste autor aqui mesmo, em Pravda Brasil,que não haveria golpe contra a entao presidente Dilma Rousseff: haveria, antes, a "luta", uma valente "contraofensiva" de nossa... "esquerda"! O tempo passou e, quase seis anos depois, aqui estamos nós; lá está Bolsonaro, no Picadeiro do Planalto fazendo o que bem entende com a "democracia representativa" que apenas serve para blindar as classes dominantes, quem quer que esteja no poder.
 
Semanas antes de Genoíno, foi a vez de Luiz Inácio, repetidas vezes, mendigar dócil, humildemente democracia aos militares que ameaçam com um golpe - "Lula não guarda rancor", é a retórica petista aplicando precário eufemismo para os atos de covardia, velha tática politiqueira ("conciliadora") do ex-presidente da República, e presidente de honra do Partido dos Trabalhadores.
 
Tanto quanto não se trata de "rancor" mas de se manter coerência política e fazer justiça de uma vez por todas no Brasil (incluindo em relacao aos crimes de lesa-humanidade dos ditadores militares), democracia não depende da boa-vontade de nenhuma instituição brasileira. Isso tem que ser dito, enfaticamente, aos militares e a quem quer que ameace as liberdades civis e políticas neste País da bunda da mulata (já não mais do futebol, há muito).
 
Como poucas vezes na história do Brasil, é apropriadamente urgente levantar-se agora a discussão e real preparacao uma para revolução socialista. Não a de um capitalismo reformado, mas o socialismo que assuma as rédeas do Pais, pelo povo. Uma democracia essencialmente participativa. Auto-gestão das empresas e das riquezas nacionais. O povo no real poder e controle da nação.
 
O restante - polarização Bolsonaro-Lula ou mesmo terceira via ainda que "progressista" -, nada mais que marionete das classes dominantes, eufemismo para ditadura disfarçada de democracia representativa que não alterará, como nunca alterou em absolutamente nada (embora, por vezes, algumas migalhas mais jogadas ao povão com alto custo a médio prazo) as velhas e envelhecidas relações de poder. 
 
Poder dominado por um obscuro Estado profundo, canalhada que ninguém ousa tocar. Contra o qual apenas o verdadeiro comunismo baseado na solidariedade e não no mercadejo até da água, do ar e da alma humana (onde inclusive casamento é negócio), pode fazer frente.
 
Enquanto iludirmo-nos, táo ingenuamente, com "democracia representativa" e mesmo "capitalismo reformado", a piscina estará cheia de ratos, e Bolsonaros e Temers empesteando nossa história.
 
Incluindo Lulas, apoiando-se com peculiar demagogia em setores progressistas em tempos de campanha eleitoral para, uma vez no poder, abraçar como cínica fraternidade - e sem ruborizar - as elites, caçoando categoricamente (ideias de esquerda são coisa de jovem ou doente mental) dos mesmos progressistas sobre os quais se apoiou para chegar ao poder. Na "democracia representativa", este golpe eleitoral representa algo como "habilidade política" ou "realpolitik". 
 
Tenha-se certeza disto - e este que escreve repete aqui, o que escreveu em 2017: de volta ao poder, Luiz Inácio será ainda mais subserviente para com as elites, que em seus dois primeiros mandatos presidenciais. 
 
Por uma revolução comunista, por um Brasil solidário, justo e igualitário. Viveremos e venceremos!
 
 Edu Montesanti
 
 
 
 
 

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Author`s name Edu Montesanti