O entreguismo e antipatriotismo de Bolsonaro

O entreguismo e antipatriotismo de Bolsonaro, dos generais Mourão e Heleno, de Alckmin, Serra e tucanagem geral. Todos os entreguistas e antipatriotas deste nosso Brasil estão a serviço do deus Mercado, de Wall Street, do Consenso de Washington e contra o povo brasileiro...


por Arialdo Pacelo

Todos os entreguistas e antipatriotas deste nosso Brasil estão a serviço do deus Mercado, de Wall Street, do Consenso de Washington e contra o povo brasileiro

A retomada do crescimento econômico não veio, a pauta de Temer foi rejeitada.

O próprio FHC disse com todas as palavras: "Quem for o candidato do mercado vai perder".

O que significa ser "candidato do  mercado"?

Significa estar do lado  das elites dominadoras. Significa estar do lado dos criminosos banqueiros brasileiros, que arruínam a vida de 100 milhões de pessoas e pequenos empresários, endividados até o pescoço, por conta de juros escorchantes; dos empresários egoístas e sonegadores da FIESP; dos latifundiários escravagistas da bancada ruralista (não confundir com os milhões de pequenos agricultores, que trabalham arduamente e têm as mãos calejadas); dos titulares de contas secretas nos paraísos fiscais; significa estar do lado do império internacional sediado em Wall Street; significa estar do lado das Bolsas de Valores de SP, cujo único objetivo é a especulação financeira, e jamais o progresso do empresariado investidor.

E quem está do lado Mercado?

1 - O Capitão Bolsonaro, o General Mourão, o General Heleno. Todos esses estão batendo continência à bandeira norte-americana. E, mais que isso, estão passivos e coniventes com as continuadas ações do império para dominar o Brasil.  Todos esses acenam para o Mercado (e têm a simpatia do Mercado). Todos esses estão dispostos a entregar o Brasil, suas terras e suas riquezas minerais, a Base de Alcântara, a Embraer, enfim, o patrimônio público nacional: Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES, as Hidrelétricas, as Instituições de Pesquisa, as Universidades, as Escolas Técnicas... aos especuladores internacionais, cujo único objetivo é o lucro sem limites. Todos esses traíram os próprios ideais do General Ernesto Geisel, que lutou pela soberania do Brasil e refutou as tentativas de imposição dos Estados Unidos e seus coadjuvantes.

Todos viram que o General Mourão criticou Geisel, aberta e claramente, em entrevista à GloboNews. Perguntado pelos entrevistadores sobre suas divergências com Geisel, Mourão confirmou que sempre discordou dele, por causa de seu nacionalismo; por causa de sua defesa à Petrobras e às demais estatais que criou e protegeu. Paulo Guedes, o economista neoliberal já escolhido por Bolsonaro para ser seu superministro da Economia, também já criticou Geisel inúmeras vezes, abertamente, e prometeu que pretende privatizar tudo e tudo entregar aos especuladores. E Bolsonaro ouve essas críticas e se acovarda, silencia, ou seja, concorda.

Ora, todos sabem que Geisel foi acusado - injustamente, a meu ver - pela CIA e pelo Departamento de Estado norte-americano, de ter apoiado a tortura (isso, passados 30 anos!). Fui, desde o primeiro momento da denúncia, defensor de Geisel, repudiei as acusações americanas contra ele. Por ironia, aprendi, com "esquerdistas" - Guido Mantega, ministro de Lula e Dilma, e com Antônio Houaiss e Roberto Amaral, ambos socialistas declarados, que Geisel, mesmo com os seus defeitos, claro, foi um nacionalista, defendeu a soberania brasileira, rechaçou a interferência norte-americana. Fui informado, por essas fontes insuspeitas, que o General Geisel era estudioso, disciplinado e honesto, um homem capaz de falar em pé de igualdade com seus ministros da Economia. Um homem preparado (exatamente o contrário do capitão Bolsonaro, que é ignorante e entreguista). Geisel aprovou o II PND - Plano Nacional de Desenvolvimento-, procurou conciliar e estimular, num só objetivo nacional, os interesses do Estado, da inciativa privada brasileira e da iniciativa privada internacional. Temos conhecimento de que Geisel defendeu um dos maiores projetos estatizantes que o Brasil já teve, em nome da defesa da soberania do Brasil e de sua grandeza como nação. Creio que Geisel tinha consciência plena de que o interesse desmesurado pelo lucro - próprio do neoliberalismo - não poderia prevalecer sobre os interesses sociais. Nisso, vejo grande analogia entre Getúlio Vargas, Geisel e Lula. Por suas ideias, Geisel foi perseguido pela mídia conservadora, muito especialmente pelo jornal O Estadão, que sempre representou os interesses das elites brasileiras e defendeu a submissão do Brasil aos EUA. Foi perseguido pelo grande empresariado, muito em especial, de São Paulo (FIESP), do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.


E o que fazem, agora, Bolsonaro e seus principais conselheiros, o general Mourão e o general Heleno? Estes apoiam integralmente, sem reservas, os princípios ditados pelo Mercado, que nada mais é que o representante das elites gananciosas, sonegadoras e especuladoras. Apoiam o entreguismo, a ideia de que o Brasil deve submeter-se ao neoliberalismo, aos empresários gananciosos, aos sonegadores, aos rentistas e aos titulares de contas bilionárias nos paraísos fiscais.

Além de tudo, Bolsonaro e sua equipe pregam abertamente o ódio, a violência, o racismo, o ataque aos índios, aos negros, aos quilombolas, aos pobres e aos adversários ideológicos. Por isso, eles têm a admiração e a simpatia do Mercado e dos especuladores.

2- Alckmin, Serra, Aécio Neves, o PSDB em geral, os banqueiros bilionários, Henrique Meirelles e João Amoêdo, esses também têm vinculações fortes e indisfarçáveis com o Mercado, que lhes dedica grande simpatia. Seria dispensável falar das privatizações criminosas feitas pelos governos do PSDB. Vejamos o que aconteceu com a entrega do Banespa, de mão beijada, a um banco privado espanhol, um dos maiores grupos do mundo! O Banespa era o maior banco estadual do Brasil, com centenas de agências espalhadas pelo País. Atuava como financiador de atividades produtivas, na agricultura, na indústria e nos serviços. Praticava juros competitivos, menores que os praticados pelos bancos privados. E hoje, o que faz o grande banco espanhol, privado, que se apossou do Banespa? Cobra juros de 350% a 400% a.a. Esfola impiedosamente a população, que é induzida a utilizar o criminoso cartão de crédito; espolia milhões de pequenos comerciantes que são obrigados a pagar 80% a.a. para capital de giro e são levados à falência.


E o que aconteceu com a telefonia, com a TV a cabo e com a Internet? Tudo nas mãos de empresas privadas, e nós pagamos as tarifas mais caras do mundo! E estamos nas mãos de três ou quatro empresas internacionais monopolistas!

Tenho pena de ver dezenas de milhões de brasileiros pobres, que foram levados a comprar Iphones, Ipads, Tablets e o que mais o diabo quis, como verdadeiros drogados, viciados, dependentes - pagam tarifas abusivas e se endividam irremediavelmente.

O que aconteceu com as rodovias do Estado de S.Paulo? O poder público construiu rodovias de primeiro mundo, com dinheiro de impostos pagos pelo povo brasileiro. E, depois de prontas, as entregou de mão beijada a "especuladores" oportunistas particulares, para que passassem a cobrar os pedágios mais caros do mundo e se enriquecessem rapidamente. Essa é a filosofia dos governos do PSDB, os tucanos, que governam o Estado há mais de 20 anos!

Não vejo, portanto, grande diferença entre o capitão Bolsonaro, o general Mourão, o general Heleno - todos entreguistas - com o pessoal do PSDB de Alckmin e Serra - também entreguistas. Todos desprezam o povo brasileiro trabalhador. Todos desprezam a soberania do Brasil.

Estas eleições, portanto, serão uma escolha entre os que defendem a soberania brasileira, a redução das desigualdades sociais, a igualdade de oportunidade para todo o povo, e os que apoiam a continuidade das injustiças, da brutal desigualdade, a perpetuação da violência e da criminalidade, defendem a entrega do patrimônio público brasileiro, das terras e das riquezas minerais de nosso país a especuladores inescrupulosos, sejam eles antipatriotas brasileiros ou imperialistas internacionais.

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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